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Conta de R$ 150 bilhões assusta acionistas e bancos caem

STF Iniciará julgamento sobre correção de cadernetas de poupança após implantação de planos econômicos de combate à inflação – conta pode chegar a R$150 bilhões


	Plenário do STF: julgamento deve encerrar uma disputa de décadas envolvendo poupadores e instituições financeiras
 (Nelson Jr./SCO/STF)

Plenário do STF: julgamento deve encerrar uma disputa de décadas envolvendo poupadores e instituições financeiras (Nelson Jr./SCO/STF)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 10h14.

São Paulo – Os bancos lideravam as quedas no Ibovespa nesta manhã. Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) se intercalavam entre os destaques de baixa. Na próxima semana, começa no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento dos planos econômicos e há a possibilidade de os bancos terem de pagar 150 bilhões de reais, referentes aos planos Bresser, Verão, Collor e Collor 2.

O índice financeiro (IFNC), que reúne das ações das empresas representativas dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos e previdência e seguros, caía 1,82% às 10:48 horas, ante queda de 0,34% no Ibovespa. O Banco do Brasil (BBAS3) atingiu a mínima de 24,51 reais, com queda superior a 3%. O Itaú chegou à mínima de 31,76 reais, ante queda próxima a 3%.

O julgamento no STF deve encerrar uma disputa de décadas envolvendo poupadores e instituições financeiras. No centro da discussão estão os processos que contestam a correção das cadernetas de poupança após a implantação de planos econômicos de combate à inflação nas décadas de 1980 e 1990. Os bancos podem ter que arcar com uma conta que chega a 149 bilhões de reais.

A expectativa é que o julgamento seja mais apertado para o governo e os bancos do que o imaginado inicialmente. No STF, ministros que devem votar a favor dos planos admitem que uma vitória dos bancos é difícil.

A XP investimentos acredita que há a possibilidade de os bancos terem que arcar com os custos provenientes de uma decisão favorável aos poupadores mas, devido ao volume envolvido na causa e o risco de desestabilização do sistema financeiro nacional em função do desfecho deste evento, podem ser aditadas soluções alternativas.

Entre as soluções alternativas, a corretora cita, em relatório diário, a redução do valor requerido, a suavização ao longo do tempo para o pagamento do financeiro ou subsídio por parte do governo. Além do impacto do julgamento nas ações do bancos, a XP cita o “pessimismo recorde” para o ambiente econômico doméstico como outro fator.

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