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Construtora paulistana Mitre pede registro para IPO

A operação, que inclui ofertas primária e secundária de ações, será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI

Construtoras: A Mitre informou que o valor arrecadado será usado para comprar terrenos e pagar custos de construção (Germano Luders/Exame)

Construtoras: A Mitre informou que o valor arrecadado será usado para comprar terrenos e pagar custos de construção (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 15h32.

São Paulo — A construtora e incorporadora paulistana Mitre, especializada em imóveis de média e alta renda, pediu registro para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), conforme documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A operação, que inclui ofertas primária e secundária de ações, será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI, segundo o documento.

Os acionistas Fabrício Mitre e Jorge Mitre serão os acionistas vendedores na oferta secundária. De acordo com o documento, os recursos a serem captados com a oferta primária serão usados para comprar terrenos e pagar custos de construção e demais despesas operacionais.

A empresa, que afirma ser detentora da maior nível de rentabilidade sobre o patrimônio no setor, teve receita líquida de 190 milhões de reais nos primeiros nove meses de 2019, 66% maior do que na mesma etapa do ano passado. Na mesma comparação, o Ebitda ajustado quase dobrou, para 39,7 milhões de reais. E a rentabilidade sobre o patrimônio subiu de 39,9% para 53,1%.

A Mitre diz ter um estoque de terrenos (landbank) na capital paulista com VGV potencial estimado de 4,6 bilhões de reais, em locais próximos a estações de metrô e ônibus e nenhum projeto direcionado aos clientes do programa Minha Casa Minha Vida.

O anúncio marca a retomada nos planos de empresas na bolsa paulista, que passa por um período de parada no setor no segundo ano de atividade apenas moderada no setor, diante da lenta recuperação da economia do país.

Após um período de otimismo em 2017, quando nove empresas chegaram à B3 com operações somadas de 20 bilhões de reais, no ano passado apenas quatro empresas estrearam no pregão. Em 2019, o mercado acionário doméstico deve fechar com cinco novas listagens: C&A, Banco BMG, Vivara e a SBF, dona da Centauro.

No entanto, várias companhias imobiliárias já listadas anunciaram nos últimos meses planos para levantar recursos com ofertas subsequentes de ações, diante da retomada do setor no país, na esteira de taxas de juros em mínimas recordes.

Entre as que pediram registro para novas ofertas primárias de ações estão Helbor, Eztec, Cyrela Commercial Properties, braço de imóveis corporativos da Cyrela, e a Trisul.

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