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Conflito entre Estados Unidos e China esfria e Ibovespa tem alta de 1,36%

Na manhã desta terça-feira (13), governo americano anunciou adiamento de adição de tarifas sobre produtos chineses

Ações da Suzano, Klabin e Banco Inter tiveram altas significativas nesta terça-feira (13) (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ações da Suzano, Klabin e Banco Inter tiveram altas significativas nesta terça-feira (13) (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 17h39.

Última atualização em 13 de agosto de 2019 às 18h42.

Como um suspiro de alívio. Foi assim que os mercados do mundo inteiro receberam a notícia de que o governo dos Estados Unidos adiou a aplicação de tarifas sobre produtos chineses de 1º de setembro para 15 de dezembro.

O movimento representa um ligeiro esfriamento no conflito comercial entre os dois países, mas, o suficiente para jorrar otimismo no mercado financeiro. Por aqui, o Ibovespa chegou a ter leves quedas no início do dia. Contudo, o índice se recuperou logo após o adiamento das tarifas e fechou em alta de 1,36%.

O adiamento das tarifas também elevou o preço de commodities, o que também influenciou de forma positiva os papéis de algumas das principais companhias do Ibovespa. Com a alta do preço do minério de ferro futuro na China, as ações da Vale subiram 2,97%. O petróleo também subiu no mercado internacional e impulsionou a alta de 0,55% dos papéis da Petrobras.

“A guerra comercial deu um grande golpe no crescimento da demanda por energia. Qualquer lampejo de esperança reacende as perspectivas de um cenário mais positivo para a demanda", disse à Reuters John Kilduff, sócio da Again Capital Management.

Reflexo dos temores externos, o dólar amanheceu em alta, chegando a ultrapassar a marca dos quatro reais. A moeda americana, porém, caiu com o esfriamento da guerra comercial e fechou o dia em baixa de 0,422%, a 3,9669 reais.

Apesar da queda do preço do dólar, as ações da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN3) subiram 5,87% e 5,31%, respectivamente, nesta terça-feira (13), mesmo dia em que o jornal Estadão divulgou uma briga entre os sócios da Eldorado, concorrente no ramo de papel e celulose. Analistas do Itaú BBA também escreveram em relatório que as ações dessas duas companhias estavam baratas.

Efeito balanço

As ações do Banco Inter subiram 9,06%, após o presidente do banco, João Vítor Menin, afirmar em teleconferência pós-balanço que a empresa vai lançar o serviço de maquininhas entre o fim deste ano e o início de 2020. No final de julho, as ações do Banco Inter cresceram mais de 20% com o aporte bilionário do Softbank, fundo de investimentos japonês.

Outra ação que se beneficiou após a divulgação do balanço trimestral foi a da Magazine Luiza, que chegou a crescer mais de 4% logo após o início do pregão e fechou em alta de 3,93%. Na noite da última segunda feira(12), o Magalu anunciou lucros de 386 milhões de reais. As ações da

Já o balanço trimestral da Cosan teve efeito contrário nas ações da empresa. Embora a empresa tenha divulgado lucro de 418,3 milhões de reais no 2º trimestre deste ano ante prejuízo de 64,3 milhões no mesmo período de 2018, as ações da Cosan fecharam em queda de 1,36. Ao longo do dia, a baixa chegou a ser de 3,7%.

As ações da Ecorodovias avançaram 4,04%, após assinar acordo de leniência de 400 milhões de reais com a força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná.

Mercados internacionais

O Merval, principal índice da bolsa argentina, subiu 10,22% nesta terça-feira. Ontem, o índice despencou 37,93%, depois do resultado das primárias presidenciais da Argentina, em que a chapa da ex-presidente Cristina Kirchner saiu com vantagem de 15% sobre o atual presidente, Maurício Macri. Até empresas argentinas listadas fora do país sofreram não fugiram da queda de ontem, como o Mercado Livre, que caiu 9,63%.

Os índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones subiram 1,95%, 1,48%, 1,44% respectivamente.

No mercado asiático, o índice da bolsa de Hong Kong teve caiu 2,10% em segundo dia de cancelamentos de voos por conta de manifestações no aeroporto. Analistas acreditam que uma forte intervenção da China no território possa azedar ainda mais o relacionamento do país com os Estados Unidos.

 

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