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Concorrência diminui preço-alvo da Positivo em mais de 50%, aponta HSBC

Banco ressalta competição e corta preço-alvo do papel de 23,50 para 12 reais em dezembro; recomendação é rebaixada de overweight para neutra

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 17h23.

São Paulo - Se 2010 é o ano que a Positivo (POSI3) queria esquecer, não há nenhum sinal de que 2011 será diferente. A avaliação é do banco HSBC durante a revisão das estimativas para as ações da fabricante de eletrônicos no quarto trimestre de 2010 e no ano de 2011, informa relatório desta quarta-feira (26).

A perspectivas negativas cortaram em mais de 50% o preço-alvo dos papéis, reduzido de 23,50 reais para 12 reais até dezembro deste ano, e abateram também a recomendação dos papéis de overweight (alocação acima da média do mercado) para neutral (alocação em linha com o mercado). O novo preço-alvo tem potencial de valorização de 19,2% diante do preço atual da ação, de 10,06 reais no fechamento de ontem.

Segundo os analistas Carlos Nunes e Débora Agonilha, a competição acirrada que vitimou os números da companhia nos últimos resultados ainda se fará presente. “Acreditamos que o aumento da concorrência ainda pressionará os preços e margens do setor ao longo dos próximos trimestres”, afirmam. Mesmo o aumento da demanda doméstica é absorvido em boa parte pelos produtos importados, apontam os analistas.

Para o quatro trimestre, o banco incorpora ainda a o aumento nas despesas com marketing, assistência técnica e comissões de vendedores, além das promoções natalinas. Quando a avaliação é para o ano de 2011, a expectativa é de leve recuperação nas margens, porém num patamar inferior à estimativa calculada em 2010.

Queda livre

Durante o terceiro trimestre de 2010, a Positivo Informática amargou perda de 14,1% do mercado de PCs do Brasil e suas margens tombaram de 10,2% para 3,6%. O cenário não deve abandonar a empresa por enquanto, aposta o HSBC. “Não acreditamos que existam fundamentos neste momento para afirmar se a redução de preços e uma estratégia pontual de algumas empresas buscando um posicionamento no mercado, ou se esta é uma nova realidade de preços do setor”, aponta o banco.

Entre os riscos de baixa apontados pela análise, estão incluídos a descontinuidade dos benefícios fiscais, a desvalorização do real frente ao dólar e o agravamento do cenário competitivo. Já uma provável recuperação dos papéis pode ser sustentada por uma melhoria das condições de preços e margens no mercado, com redução da concorrência, e potenciais operações de fusões e aquisições que possam ocorrer.

Leia mais: Ações de commodities são o lugar para se estar, afirma HSBC 

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