Mercados

Como Rihanna e Maroon 5 derrubaram as ações da Pandora

Artistas lutam contra rádios online por royalties; Congresso tem decisão nesta semana


	O grupo Maroon 5 faz parte do movimento dos artistas contra o projeto de lei
 (Rodrigo Esper/Grudaemmim)

O grupo Maroon 5 faz parte do movimento dos artistas contra o projeto de lei (Rodrigo Esper/Grudaemmim)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 16h07.

São Paulo - A cantora Rihanna, Maroon 5, e outros 125 artistas estão em campanha contra uma lei que tramita no Congresso americano nesta quarta-feira. 

Os músicos travam uma batalha contra a rádio online Pandora (Nyse: P), criadora de projeto de lei que visa diminuir os royalties pagos aos músicos que têm suas músicas disponibilizadas na rádio. 

A lei “Internet Radio Fairness Act” (algo como a Lei de Justiça para Rádios na Internet) quer mudar os padrões do Conselho de Royalties e Direitos Autorais usados para definir as taxas pagas aos artistas. 

Valores

Atualmente, as rádios online pagam uma fração de um centavo para o artista para cada música tocada. Com a lei, a rádios online se enquadrariam no mesmo padrão aplicado às rádios com transmissão via satélite ou via cabo, que pagam aos músicos uma porcentagem da receita. No modelo atual, quanto maior o sucesso da rádio, maiores também são seus custos. 

É por essa razão que a Pandora, site de música mais popular dos EUA, lidera o projeto, que diz ser crucial para sua lucratividade. No trimestre encerrado no final de julho, a empresa pagou 60,5 milhões de dólares em aquisições de conteúdo, 60% de sua receita.

Uma mudança como essa poderia reduzir os custos de Pandora com conteúdo pela metade e seria um grande impulsionador para os lucros da empresa. 

Ações

A Pandora fez a sua venda inicial em ações (IPO, na sigla em inglês) em junho de 2011, com cada ação sendo vendida a 16 dólares. Até a última sexta-feira, os papéis haviam caído 50%, para 7,84 dólares. 

 


A empresa atingiu seu preço mais baixo na bolsa de Nova York (7,08 dólares) no dia 16 de novembro dois dias após dezenas de artistas, como Maroon 5, Katy Perry e Ne-Yo divulgarem um comunicado onde diziam ter “dado um desconto nas taxas para a Pandora na última década” e que não aceitam mais reduções. 

Assim, como outras empresas de internet que tiveram suas estreias na bolsa a altos preços, a Pandora enfrenta uma forte desvalorização desde o seu IPO e tenta provar a funcionalidade (e a lucratividade) de seu modelo de negócio. 

O site de compras coletivas Groupon (Nasdaq: GRPN) enfrenta situação parecida. A estreia na bolsa, realizada em novembro do ano passado, foi uma das maiores da história da internet ao levantar 700 milhões de dólares. Cada papel foi vendido a 20 dólares, acima do que era esperado (entre 16 e 18 dólares). Além disso, no primeiro dia os ativos subiram 50%.

Mas a euforia durou pouco e desde então as ações estão em queda e acumulam desvalorização de 85,31% - enquanto a Nasdaq tem desempenho positivo de 10,40%. 

 

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)IPOsMercado financeiroPaíses ricosRihanna

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney