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Como a Boeing e Embraer estão nas bolsas com possível fusão

O interesse da empresa americana em comprar a Embraer é para concorrer com a Airbus

Boeing: companhia acumula ganhos de 26,87 bilhões de dólares em valor de mercado desde final de dezembro (Lucy Nicholson/Reuters/Reuters)

Boeing: companhia acumula ganhos de 26,87 bilhões de dólares em valor de mercado desde final de dezembro (Lucy Nicholson/Reuters/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 20 de janeiro de 2018 às 08h42.

Última atualização em 20 de janeiro de 2018 às 08h50.

São Paulo -  A possibilidade da Boeing e a Embraer fecharem um acordo tem animado os investidores de ambas companhias.

Desde o surgimento dos rumores da aquisição no final de dezembro do ano passado, as ações da fabricante norte-americana acumulam ganhos de 15,30%.

O valor de mercado da Boeing passou de 175,71 bilhões de dólares para 202,59 bilhões de dólares, um ganho de 26,87 bilhões de dólares no período.

Em contrapartida, as ações da Embraer acumulam queda de 2,68% na mesma base comparativa.

A fabricante brasileira perdeu 461,70 milhões de reais em valor de mercado. Atualmente, o valor de mercado da Embraer é estimado em 14,4 bilhões de reais.

Os dados foram divulgado pela Economatica, provedora de informações financeiras, a pedido do Site EXAME.

Golden share

Sobre a possível fusão, as companhias confirmaram apenas que as  conversas estão destinadas a uma “combinação potencial” de seus negócios, com termos que “estão em discussão.”

A Embraer disse ainda que qualquer transação está sujeita à aprovação do governo brasileiro e agências reguladoras do Brasil, bem como dos respectivos conselhos e dos acionistas da Embraer.

O interesse da empresa americana em comprar a Embraer é para concorrer com a Airbus, que tem se fortalecido após firmar parceria com a Bombardier. Entretanto, a Boeing esbarrou no poder de veto do governo permitido pela golden share.

O ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, afirmou que o governo não cederá o controle acionário da Embraer.

Disse ainda era preciso manter o controle da empresa para garantir o interesse nacional “Garante-se o controle acionário dela e faz alguma associação naquilo que for conveniente e sincronizado com o interesse nacional.”

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