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Como a Vivo quer diversificar receita com a venda de eletrônicos

Estratégia faz parte da frente de novos negócios que, em 2023, gerou R$ 1,3 bilhão ao caixa da empresa

Vivo: companhia quer ampliar receitas através de novos negócios (Leandro Fonseca/Exame)

Vivo: companhia quer ampliar receitas através de novos negócios (Leandro Fonseca/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 6 de março de 2024 às 20h46.

Última atualização em 7 de março de 2024 às 07h07.

Assim como na parte de produtos financeiros, em que a Vivo pretende solicitar uma licença ao Banco Central (BC) para ofertar mais produtos de créditos aos seus clientes, outro espaço que ela deseja entrar é na parte de vendas de eletrônicos. A estratégia foi compartilhada na terça-feira, 5, durante o Vivo Day, evento para investidores na qual a EXAME Invest esteve presente.

“Já vendemos, em 2023, 1,5 milhão de smartphones e queremos vender muito mais, além de outros eletrônicos, como acessórios e produtos de game, junto à Casa Inteligente”, afirmou Christian Gebara, CEO da Vivo.

Segundo Ricardo Hobbs, vice-presidente de estratégia e novos negócios, o Brasil apresenta uma oportunidade única de digitalização, visto que o brasileiro já passa 9h por dia conectados. “O Brasil é um país de extremos e tem um desafio de digitalização, de crédito e de educação. Mas no lado oposto, somos o país mais conectado do mundo, então nós também somos muito propensos a novos hábitos digitais.”

Por conta disso, a Vivo incorporou o braço de produtos eletrônicos na estratégia de novos negócios, junto com a frente de energia, saúde, educação, finanças, entretenimento e automatização. Juntos, os segmentos promoveram uma receita de R$ 1,3 bilhão em 2023, um aumento de 40% em relação a 2022. Entretanto, o número ainda representa 3% da receita total da companhia no ano passado, o que, de acordo com os executivos, abre oportunidade para crescimentos.

Lojas da Vivo passam por transformação

Só a parte de vendas de produtos eletrônicos garantiu para a frente de novos negócios R$ 344 milhões em 2023, um aumento anual de 52%. Ao segmentar por categorias, o crescimento anual da receita de cada tipo de produto foi: essenciais (40%); áudio (30%); games (20 vezes); saúde e bem-estar (35%); notebooks e tablets (10%) e Casa Inteligente (118%).

O aumento de mais de 100% da receita na parte de Casa Inteligente fez a companhia apostar nessa categoria, reformando as lojas da Vivo para receber um espaço imersivo. “Estamos investindo bastante nas lojas”, destacou Gebara. A Vivo conta com 1,8 mil lojas espalhadas pelo Brasil e 50 empreendimentos estratégicos passaram por mudanças para demonstrar a experiência da Casa Inteligente.

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