Invest

Commodities caminham para recorde com alimentos e petróleo

As medidas da China para reiniciar sua economia enfraquecida deram impulso aos preços na segunda-feira, em meio a sinais de que os surtos de vírus podem ter sido controlados

 (Regis Duvignau/Reuters)

(Regis Duvignau/Reuters)

B

Bloomberg

Publicado em 30 de maio de 2022 às 15h02.

Última atualização em 30 de maio de 2022 às 15h12.

As commodities se aproximam de um recorde com muita coisa para os investidores monitorarem. Os próximos dias trazem uma cúpula da UE, encotro da Opep+ e o mais recente parecer da ONU sobre a crise alimentar global.

As medidas da China para reiniciar sua economia enfraquecida deram impulso aos preços na segunda-feira, em meio a sinais de que os surtos de vírus podem ter sido controlados. O barril de Brent ultrapassou US$ 120 e os preços dos metais saltaram.

Líderes da União Europeia se reúnem para uma cúpula de dois dias com enormes desafios, incluindo dificuldades em acordar um embargo do petróleo russo. Nos Estados Unidos, a temporada de viagens de verão começou e deve testar o mercado apertado de gasolina.

O indicador de preços das commodities da Bloomberg pode facilmente atingir um novo recorde histórico, tendo fechado sexta-feira a 1% do recorde estabelecido em abril. Isso reflete o profundo impacto da invasão russa na Ucrânia.

Petróleo

O petróleo avança à medida que os motoristas nos EUA ganham as estradas, com estoques de gasolina em mínima de oito anos. A escassez de oferta global de petróleo mantém os preços altos, mesmo com os temores sobre a destruição da demanda. A Agência Internacional de Energia insta os produtores de petróleo a agir para evitar uma recessão global.

Se eles atenderão a esse chamado ou não, ficará claro na quinta-feira com a reunião mensal da Opep+. A Arábia Saudita e seus parceiros têm ignorado apelos para um aumento mais rápido da produção, mesmo quando as exportações russas vacilam. Mas com o presidente americano, Joe Biden, cogitando visitar o reino, há uma chance de Riad mudar de rumo.

Alimentos

A crise alimentar global pode piorar ainda mais. O destino das exportações de grãos e fertilizantes da Ucrânia está na balança após o presidente russo, Vladimir Putin, exigir alívio de sanções em troca de qualquer ajuda.

Por outro lado, as preocupações de que a Índia possa recorrer à contenção de exportações de arroz diminuiu com a chegada cedo da estação das monções. A soja se aproxima de uma alta histórica. Uma visão geral da crise virá com o último indicador de custos globais de alimentos da ONU na sexta-feira.

China

O cobre subiu após o que pareceram ser passos mais decisivos para o fim da turbulência do vírus na China. Além de uma flexibilização das restrições em Xangai, autoridades de Pequim disseram que o surto agora está sob controle.

Mesmo assim, muitos danos foram causados à demanda e ao sentimento, e os investidores acompanharão como a China continua equilibrando sua política de covid zero com uma recuperação econômica sustentada. Uma pesquisa sobre perspectivas do cobre semana passada mostrou pouco otimismo.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosBloombergCommoditiesInflaçãoOpepPetróleo

Mais de Invest

Como negociar no After Market da B3

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida