Editora de Finanças
Publicado em 13 de março de 2025 às 12h09.
As ações de empresas de bebidas operavam em queda nesta quinta-feira, 13, após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 200% sobre vinhos, champanhes e outros produtos alcoólicos provenientes da França e de outros países da União Europeia.
A possível aplicação dessa tarifa afeta diretamente empresas como Pernod Ricard, que caia 3,6% Rémy Cointreau caia 4,25%, LVMH (Moët & Chandon, Veuve Clicquot), caia 2,2% e Grupo Campari, em queda de 4,04%.
Trump escreveu em uma rede social: “Se esta tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve colocarão uma tarifa de 200% sobre todos os VINHOS, CHAMPANHE e PRODUTOS ALCOÓLICOS SAINDO DA FRANÇA E OUTROS PAÍSES REPRESENTADOS PELA UE”. Ele afirmou ainda que a medida seria “ótima para os negócios de vinho e champanhe nos EUA”.
Trump justificou a ameaça como uma forma de retaliação às tarifas impostas pela União Europeia sobre o uísque americano e outros produtos, além de ser uma reação às tarifas de aço e alumínio. "O presidente ficou totalmente irritado", disse o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.
O impacto nas ações de bebidas ocorre em meio a um cenário mais amplo nos mercados globais.
O índice Stoxx 600 interrompeu uma sequência de quatro sessões de perdas, impulsionado por um otimismo em torno de uma possível trégua na guerra da Ucrânia e pelos dados de inflação nos EUA, que vieram abaixo das expectativas.
Além disso, os futuros do S&P 500 apresentaram leve alta após a primeira sessão positiva da semana.
Apesar dos sinais de alívio quanto à inflação, que fortaleceram a confiança de que a economia dos EUA pode evitar uma recessão, economistas alertam que a implementação de tarifas pode pressionar rapidamente os preços ao consumidor, impactando os resultados financeiros de diversas empresas.