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Com retorno de 400%, melhor ação da Ásia quer evitar fama

A empresa malaia Hap Seng Consolidated tem se mantido fora dos radares de muitas pessoas


	Operadores do mercado financeiro: empresa transformou a integração vertical em uma forma de arte
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores do mercado financeiro: empresa transformou a integração vertical em uma forma de arte (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às 21h07.

Trata-se da ação de melhor desempenho do Sudeste Asiático, com retorno de quase 400 por cento para os investidores em três anos.

Contudo, a empresa malaia Hap Seng Consolidated tem se mantido fora dos radares de muitas pessoas.

O conglomerado dos setores de imóveis, plantações e materiais de construção controlado por Lau Cho Kun conseguiu duplicar seus lucros depois de impostos nos últimos quatro anos em meio à queda dos preços do óleo de palma e à desaceleração do mercado imobiliário de 2014 para cá.

Empresas de tamanhos similares, como a tailandesa Indorama Ventures e a PT Charoen Pokhphand Indonesia, são cobertas por mais de uma dúzia de analistas, enquanto a Hap Seng, a 23ª maior empresa da Malásia, não é monitorada desde 2012.

“Se você observa a cultura da nossa empresa, vê que nós realmente não gostamos de gritar e de dizer a todos como somos bons”, disse o diretor-gerente Edward Lee em entrevista em seu escritório, em Kuala Lumpur. “Queremos entregar resultados”.

A Hap Seng, nome que significa unidade e sucesso, tem raízes em uma pequena empresa criada por seu fundador Lau Gek Poh, que migrou da China para Sabah, na ilha de Bornéu, nos anos 1930.

A empresa transformou a integração vertical em uma forma de arte, entrando no ramo de fertilizantes para complementar suas operações de óleo de palma, por exemplo, e cresceu por meio de US$ 358 milhões em aquisições de 2000 até hoje. Atualmente a empresa busca aumentar as compras para tirar vantagem do aumento do preço de suas ações.

Caçada por aquisições

“A maior oportunidade no momento é a compra de bons ativos, seja em plantações, seja em imóveis”, disse Lee, que tem 600 milhões de ringgits (US$ 145 milhões) em recursos na mão para aquisições. “Aumentar uma empresa organicamente leva algum tempo. Quando há boas empresas para adquirir, o período de gestão é bastante menor”.

A Hap Seng subiu 55 por cento nos últimos 12 meses, maior alta do MSCI South East Asia Index, que é formado por 157 membros, contrastando com um declínio de 6,4 por cento do FTSE Bursa Malaysia KLCI Index. Nos últimos três anos, a empresa deu retorno de 396 por cento aos investidores, incluindo dividendos, e reportou um lucro depois de impostos de 908 milhões de ringgits em 2015, contra 753 milhões de ringgits no ano anterior.

A Hap Seng fechou o pregão inalterada, às 17 horas pelo horário local, negociada próximo à alta recorde registrada em 20 de maio.

Lau, o discreto sobrinho do falecido fundador, possui 74 por cento da empresa. Ele é a sétima pessoa mais rica da Malásia, com uma fortuna de US$ 1,62 bilhão, segundo a Forbes Magazine.

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