Alvin Roth, vencedor do prêmio Nobel de economia em 2012: prêmio foi de 8 milhões de coroas suecas (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 11h13.
São Paulo - A crise financeira global chegou até aos prêmios Nobel, que nesse ano foram 20% menores do que nos anos anteriores. Os prêmios, que são oferecidos nas categorias de física, química, medicina, paz e literatura, foram cortados pela primeira vez desde 1949.
Para evitar que isso aconteça nas próximas premiações, a Fundação organizadora do prêmio está planejando investir mais dinheiro através de hedge funds para impulsionar os retornos e levar o prêmio de volta ao seu patamar anterior.
Alfred Nobel, criador do prêmio, estipulou em seu testamento, em 1895, que a maior parte de sua herança de mais de 31 milhões de coroas suecas - cerca de 1,7 bilhão corrigidos - deveria ser convertido em um fundo e investido em "títulos seguros."
Na década de 1950, a fundação mudou sua política de investimento, com o apoio do governo sueco, depois de o valor total gerido ter caído. Desde então, o dinheiro é investido em títulos de dívida e em ações.
O diretor executivo da Fundação Nobel, Lars Heikensten, disse em entrevista à Bloomberg que os investimentos não devem ser todos concentrados em títulos de dívida. “Se pudermos escolher hedge funds em que confiamos, então poderemos ter melhores retornos de acordo com os riscos”, disse.
No final de 2011, a fundação tinha 2,97 bilhões de coroas suecas (448 milhões dólares) em investimentos, o que corresponde a uma queda de 18% em relação a 2007. Por conta disso, o prêmio, que era de 10 milhões de coroas suecas, em 2012 foi de 8 milhões de coroas suecas.
A Fundação Nobel também está tentando cortar custos. Para o banquete deste ano, que ocorrerá no próximo dia 10 e contará com a presença de 1300 convidados, a fundação tenta renegociar com seus fornecedores para reduzir os custos de forma tão significante quanto os 20% cortados dos prêmios.