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Com Previdência em agosto, mercado se volta para decepcionante PIB chinês

No período entre abril e junho, a economia do país cresceu 6,2%, em relação ao observado em igual período de 2018, a menor taxa em 27 anos

Delivery na China: governo definiu como meta para o avanço do PIB o intervalo entre 6% e 6,5% (China Stringer Network/Reuters)

Delivery na China: governo definiu como meta para o avanço do PIB o intervalo entre 6% e 6,5% (China Stringer Network/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2019 às 06h30.

Última atualização em 15 de julho de 2019 às 08h10.

Apesar de oficialmente o Congresso entra em recesso apenas na quinta-feira, Brasília começa a semana com clima de pré-feriado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), definiu que a votação do segundo turno da reforma da Previdência vai ficar mesmo para a volta aos trabalhos no dia 6 de agosto.

Na quarta-feira passada, o plenário da Câmara aprovou o projeto com 379 votos a favor, e nos dias seguintes se dedicou à análise de destaques que aliviaram, entre outros, a idade mínima de policiais e professores.

O ânimo pela aprovação da reforma deve continuar a estimular as mesas de operações nos próximos dias, mas a tendência é que investidores se voltem para outros eventos com potencial de afetar a economia brasileira. O primeiro deles, nesta segunda-feira, reforma um velho receio macro-econômico: a desaceleração chinesa.

Dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da China, divulgados nesta segunda-feira, indicam a menor taxa de crescimento em um trimestre desde o início de 1992. No período entre abril e junho, a economia do país cresceu 6,2%, em relação ao observado em igual período de 2018.

O período foi marcado por tensão comercial por aumentos de tarifas aos produtos chineses por parte do governo de Donald Trump. No primeiro semestre o crescimento foi de 6,3%, meio ponto percentual a menos do que no mesmo período de 2018.3

Durante cúpula do G20, no fim de junho, os dois países ensaiaram uma trégua, mas a tensão voltou a crescer depois que os EUA confirmaram uma venda bilionária de equipamento militar para Taiwan, país que a China considera uma república rebelde.

Nesta segunda-feira, o ministério das relações exteriores da China não quis detalhar sanções a companhias americanas, mas o tema está em discussão em Pequim.

Analistas afirmam que a pisada no freio da China poderia ser ainda mais intensa não fossem medidas de estímulos, como novos investimentos em infra-estrutura, feitos pelo país. Mas Pequim também pode estar segurando parte do poder de fogo para o caso de a queda-de-braço com Trump se acentuar.

Seja como for, dados oficiais estão em linha com o alvo traçado por Pequim para este ano, estabelecido em uma faixa entre 6% e 6,5%. Resta saber como investidores reagirão se o passar dos meses mostrar que o número ficará cada vez mais perto da parte de baixo da meta.

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