Dilma Rousseff: o BTG observa que fundos mútuos internacionais reduziram drasticamente suas alocações em ações brasileiras (Ueslei Marcelino / Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2016 às 15h03.
São Paulo - Estrategistas do BTG Pactual avaliam que as perspectivas de avanço do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, principalmente após os eventos do fim de semana, podem atrair fluxo de capital externo para a bolsa paulista, sustentando novas altas do Ibovespa .
"Com o impeachment ganhando força no Congresso, nós esperamos que as ações brasileiras continuem a tendência de alta", afirma a equipe liderada por Carlos Sequeira, conforme relatório distribuído a clientes.
O Ibovespa acumula ganho de cerca de 14 por cento no ano e de 16 por cento em março.
O BTG observa que fundos mútuos internacionais reduziram drasticamente suas alocações em ações brasileiras nos últimos anos.
"Se as alocações retornarem aos níveis observados em outubro de 2014, pouco antes das eleições presidenciais, os fluxos para as ações brasileiras poderiam ser expressivos. Nós estimamos algo em torno de 140 bilhões de reais."
Os estrategistas destacaram que os gigantescos protestos em todo o Brasil no domingo deram um enorme impulso ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim como chamaram a atenção para a convenção nacional do PMDB, na qual o maior partido da base aliada, se afastou mais pouco do governo.
Em um relatório separado, o BTG mostrou que o fluxo internacional de fundos mútuos de ações referente à semana encerrada em 10 de março ficou positivo em cerca de 284 milhões de dólares - o melhor nível desde outubro de 2014.
O destaque ficou para os fundos dedicados a Brasil, com 125 milhões de dólares e mercados emergentes globais, com 127 milhões de dólares.