Marina: com a vitória da ex-senadora, as mudanças na política econômica devem ser mais prováveis (Bruno Santos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2014 às 10h28.
Após 12 meses, o banco BTG Pactual voltou a recomendar a compra de mais ações brasileiras em sua carteira de América Latina (overweight), ao mesmo tempo em que rebaixou a recomendação do México para manter (neutral), adaptando o portfólio ao que os analistas classificaram de “Fator Marina Silva”.
A mudança veio depois que as pesquisas indicaram a vitória da candidata do PSB diante da presidente Dilma Rousseff, do PT, apesar de o próprio BTG ressaltar os levantamentos mais recentes indicando redução da vantagem da opositora.
Dentro dessa estratégia, o banco acrescentou à carteira regional as ações da Petrobras, do Itaú e da BM&FBovespa. Na carteira, já estavam as brasileiras BR Foods e Hering.
Com Marina Silva no poder, as mudanças na política econômica devem ser mais prováveis e as expectativas são de que o país volte a ser ancorado no tripé de austeridade fiscal, controle da inflação e câmbio flutuante, diz o relatório, assinado por seis analistas: Carlos Sequeira, Antonio Junqueira, Marcello Milman, Alonso Aramburu, Cesar Perez-Novoa e Gordon Lee.
Segundo o BTG, apesar de os dados macroeconômicos do México continuarem a melhorar, o banco reduziu sua participação na carteira por conta da preocupação com uma possível redução das expectativas de ganhos das empresas em 2015.
Nos países andinos, o BTG manteve as recomendações da Colômbia em compra (overweight) e do Chile em neutro e rebaixou a do Peru para abaixo da média (underweight).
Com as alterações, a carteira de América Latina do BTG ficou com as mexicanas Televisa, Gentera (banco) e Cemex (cimento), as colombianas, Davivienda (banco) e Grupo Sura (financeira), a chilena Colbun (serviços públicos), e as brasileiras BRF, Itaú, Cemex, Petrobras, Cia Hering e BM&FBovespa.
O BTG Pactual monta o portfólio como se fosse a escalação de um time. O goleiro seria a Televisa. Na defesa, estariam Gentera, Davivienda, Grupo Sura e Colbun. O meio de campo é formado por BRF, Itaú, Cemex e Petrobras. E no ataque, BM&FBovespa e Cia Hering.