Depois de todas as aprovações regulatórias, o Bradesco irá reduzir sua diferença para o Itaú, seu principal concorrente privado (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2015 às 17h40.
São Paulo - A recente aquisição das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco por US$ 5,2 bilhões (R$ 17,6 bilhões) garantiu ao banco brasileiro um potencial de valorização de 35,3%, segundo os analistas Carloz Daltozo e Mário Bernardes Junior do BB Investimentos.
Se numa primeira análise o valor do negócio parece muito alto, o Bradesco lembra dos ganhos com seguros e das sinergias esperadas com o acordo.
Nesse sentido, na avaliação do BB, o Bradesco fez algumas suposições “agressivas”, como um resultado estimado para o HSBC Brasil de R$ 1,2 bilhão em 2015, depois de um lucro em 2014 de R$ 939 milhões.
O crescimento seria de 28,8% do lucro este ano, mais do que o avanço de 16% do lucro líquido do próprio Bradesco no período.
Para o BB, a compra do sexto maior banco comercial do país em ativos totais foi a última oportunidade de crescimento inorgânico dentre os dez maiores bancos brasileiros.
Depois de todas as aprovações regulatórias, que devem ocorrer até o fim de 2015, o Bradesco irá reduzir sua diferença para o Itaú, seu principal concorrente privado.
No entanto, ainda permanecerá como o quarto maior banco do país em ativos totais.
Em relatório, o BB viu a aquisição como estratégica e considerou um exagero o movimento de venda visto no mercado depois da divulgação da compra.
Os analistas estimaram um preço-alvo de R$ 35,60 e mantiveram sua recomendação de “outperform” (desempenho acima da média) para a ação.