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Com BIG, Carrefour poderá monetizar base maior de clientes, diz executivo

CFO do grupo varejista participou de live com Bruno Lima, da EXAME Invest Pro, e Luiz Guanais, do BTG Pactual; assista à íntegra do programa da EXAME Invest

Carrefour: aquisição do Grupo BIG amplia atuação da rede no varejo brasileiro de diferentes formas (Paulo Whitaker/Reuters)

Carrefour: aquisição do Grupo BIG amplia atuação da rede no varejo brasileiro de diferentes formas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2021 às 19h26.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 19h35.

A aquisição do Grupo BIG pelo Carrefour Brasil (CRFB3) permitirá ao grupo varejista de origem francesa monetizar uma base muito mais ampla de clientes, oferecendo soluções amplas como serviços financeiros do Banco Carrefour. Foi o que disse Sébastien Durchon, executivo-chefe financeiro (CFO) e de relações com investidores (RI) do Carrefour Brasil, em live promovida nesta sexta-feira, 26, pela EXAME Invest.

Durchon foi entrevistado por Bruno Lima, head de renda variável da EXAME Invest Pro, e por Luiz Guanais, sócio e head do setor de consumo e varejo do BTG Pactual.

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"Estamos construindo há anos nosso ecossistema. A realidade é que somos hoje um grande vendedor de alimentos, mas vendemos muitas outras coisas, eletrônicos, bazar, têxteis e outros. Usando uma linguagem moderna, sempre tivemos o plano de entrar em outras verticais de negócios", disse Durchon durante a live transmitida no canal da EXAME Invest no YouTube.

"O Banco Carrefour nada mais é do que mais uma vertical de negócios. O ecossistema nasce nas lojas, muito com a venda de alimentos, com o objetivo de construir uma relação de longo prazo com o cliente. Pensamos em como podemos ajudá-lo e, ao mesmo tempo, monetizar essa relação", completou o executivo.

Com atuação dedicada principalmente à oferta de crédito, a instituição tem gradualmente voltado a normalizar as concessões, ao mesmo tempo que se mantém cuidadosa com os índices de inadimplência, que, segundo ele, estão abaixo dos níveis pré-pandemia.

"O banco vem trabalhando muito na diversificação de produtos. Temos uma conta digital. Fizemos movimentos estratégicos no passado, como a compra de uma fintech, a Ewally, que utilizamos para desenvolver a gama de produtos do nosso banco", disse Durchon. Segundo ele, o banco dispõe hoje também de produtos para atender pessoas jurídicas no Atacadão.

O executivo comentou ainda sobre outras razões que levaram o Carrefour Brasil a pagar 7,5 bilhões de reais pelo Grupo BIG (ex-Walmart Brasil).

Segundo Durchon, o BIG apresenta uma complementaridade geográfica muito forte, com muitas lojas no Nordeste e no Sul, regiões em que a presença do Carrefour é mais limitada. E há uma complementaridade de formatos: "Eles têm o Sam's Club, que é um modelo que atende as classes A e B, enquanto os supermercados do Carrefour atendem mais as classes B e C. É um formato que não temos. Enxergamos muito potencial nessas lojas".

Ele citou também a complementaridade com os supermercados que operam com o modelo conhecido como soft discount ("descontos mais baixos", numa tradução literal), casos das bandeiras Todo Dia e BIG. "Com a compra do BIG, aumentamos nossa capilaridade no país e passamos a entrar em contato com milhões de novos clientes", afirmou.

São 45 milhões de clientes que fazem compra pelo menos uma vez por ano nos supermercados do Grupo Carrefour e esse número passará pelo menos a 60 milhões com a aquisição do Grupo BIG. "É um público que poderemos monetizar com a oferta de nossos produtos e serviços", afirmou o executivo-chefe financeiro e de RI do Carrefour.

Assista à integra da entrevista com Sébastien Durchon, CFO do Carrefour Brasil:

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