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Com as tarifas de Trump, ouro bate recorde de US$ 3 mil. Tem espaço para mais?

O metal precioso se consolida como alternativa ao dólar, com bancos centrais buscando se proteger das tarifas dos EUA

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 14 de março de 2025 às 11h06.

Última atualização em 14 de março de 2025 às 11h46.

O preço do ouro alcançou US$ 3.001,20 por onça nesta sexta-feira, 14, superando pela primeira vez a marca dos US$ 3.000.

Esse aumento histórico é impulsionado por uma série de fatores, como a fragilidade da economia global, uma onda de compras de ouro por bancos centrais e a política comercial agressiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Esse movimento foi impulsionado pela intensificação da guerra comercial, com Trump impondo tarifas sobre aliados e rivais estratégicos, o que levou investidores a buscar proteção no metal precioso.

O ouro tem se tornado uma alternativa ao dólar, com os bancos tentando diversificar suas reservas e reduzir os riscos relacionados às tarifas dos EUA. Países como China, Polônia, Índia e Turquia tem feito compras em massa.

Ao mesmo tempo, a desvalorização do yuan e a inflação global têm aumentado o apelo do metal. O investimento em ouro é visto como uma proteção contra os efeitos da inflação, ao mesmo tempo em que oferece liquidez significativa.

A quebra dessa barreira reforça a imagem do ouro como um ativo seguro em tempos de crise. Nos últimos 25 anos, o preço do metal subiu dez vezes, superando o desempenho do S&P 500, de acordo com dados da Bloomberg.

Mais valorização

Embora o preço atual do ouro seja um recorde, ele ainda está distante do pico alcançado em 1980 com o ajuste da inflação (US$ 3.800 por onça), de acordo com a Bloomberg.

Alguns analistas acreditam que o ouro pode continuar sua trajetória de alta, especialmente em um cenário de incerteza política e econômica global.

De acordo com analistas do Bank of America, o preço do ouro poderia alcançar US$ 3.500 por onça, caso a demanda por investimentos cresça 10%.

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