São Paulo - Após a arrancada da Bovespa nas últimas semanas, o valor de mercado das empresas brasileiras calculado até o fechamento de ontem acumula crescimento de R$ 46,8 bilhões em 2014, segundo levantamento feito pela consultoria Economática.

No fim de 2013, as 305 empresas de capital aberto do Brasil valiam R$ 2,29 trilhões. No fim do pregão de ontem, esse valor chegou a R$ 2,33 trilhões, o equivalente a uma alta de 2,04%. No mesmo período, o Índice Bovespa acumulou 5,64% de alta.

Boa parte da arrancada da bolsa brasileira nas semanas recentes teve relação com especulações do mercado sobre as eleições presidenciais.

Diversas pesquisas de intenção de voto mostrando a queda da presidente Dilma Rousseff e a concomitante recuperação do pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, injetaram otimismo no mercado e ajudaram na valorização do índice.

O cenário externo também ajudou, com os juros americanos recuando e reduzido a preocupação com o financiamento das contas externas dos países emergentes. Isso ampliou a entrada de investidores estrangeiros no mercado, que já chega neste mês a R$ 2,7 bilhões em 13 dias.

Em 14 de março, o Ibovespa chegou ao menor nível do ano, batendo em 44.965 pontos. Depois daí, o índice começou uma trajetória de alta até os 54.412 de ontem, maior patamar do ano.

Setores

Entre os 21 setores analisados pelo levantamento da Economática, o bancário é o que teve, até agora, o maior crescimento de valor de mercado: R$ 50,7 bilhões, ou 11,95% em 2014. Na outra ponta, mineração foi o setor com maior queda em valor no período, perdendo 12,85%, ou R$ 23,2 bilhões.

Empresas

O Itaú Unibanco é a empresa com maior crescimento nominal de valor de mercado, com incremento de R$ 29 bilhões (16,67%) em 2014. A Vale, até agora, tem a maior queda em valor, perdendo R$ 22,5 bilhões, ou 12,67% no ano.