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Com Anatel no pé, o que esperar da TIM na bolsa?

Analistas ponderam sobre a “guerra” entre reguladora e operadora


	Ações da TIM amargam queda de 17% desde janeiro
 (Divulgação)

Ações da TIM amargam queda de 17% desde janeiro (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 14h26.

São Paulo – “Com grande potencial de valorização, mas sem fôlego na bolsa no curto prazo”. É com esta frase que o Bradesco começou seu mais recente relatório sobre a TIM (TIMP3). Nele, o analista Luiz Azevedo manteve a recomendação classificada em desempenho acima da média de mercado aos papéis. No entanto, o preço-alvo das ações foi cortado de 12 para 11 reais, ainda assim, um potencial de ganhos de 43%.

“A ação da TIM permanece com o maior potencial de valorização entre as empresas brasileiras de telecomunicações listadas na bolsa, mas ainda esperamos volatilidade no curto prazo, devido às pressões da Anatel para melhora do serviço prestado pela companhia”, diz Azevedo.

O analista explica que, apesar de não esperar motivos para alta no curto prazo, algumas fontes de preocupação com o futuro da empresa parecem estar diminuindo.

“As acusações da Anatel de que as chamadas da TIM eram intencionalmente derrubadas parecem estar enfraquecidas. A empresa tem provado que tais acusações não são verdadeiras”, explica Azevedo.

A operadora de telecomunicações informou recentemente que uma avaliação independente contratada pela empresa não indicou "formas propositais ou intencionais" para desconexões de suas chamadas móveis.

A imagem da TIM foi bastante prejudicada após o vazamento de um relatório interno da Anatel, em agosto, no qual o órgão dizia investigar se a TIM derrubava de forma proposital as chamadas de usuários do plano Infinity, para, com isso, forçar o cliente a realizar outra ligação.


O relatório do Bradesco destaca ainda que alguns executivos da Anatel admitiram que será muito difícil provar tais acusações. “Mas isso não significa que a Anatel e o governo vão parar de pressionar a TIM em busca de para melhorias no serviço prestado. Estamos de frente para um novo exemplo disso”.

Azevedo se refere ao fato de que, na sexta-feira passada, a Anatel oficializou uma nova sanção contra a TIM, suspendendo a venda do pacote promocional "Infinity Day", por considerar que isso poderia levar a uma "potencial instabilidade" na rede da operadora.

“Embora o impacto financeiro seja insignificante, parece que o diálogo da TIM com o órgão regulador não é tão harmonioso quanto poderia ser”, avaliam os analistas Pedro Luz Maia e Susana Salaru, do Itaú BBA, em relatório.

Porém, ambos acreditam que a TIM vai conseguir demonstrar que possui capacidade em sua rede para suportar uma nova oferta comercial.

“Apesar do atraso no lançamento do Infinity Day da TIM, o plano irá representar uma ferramenta eficiente para atrair novos assinantes. Acreditamos que é um sinal positivo que o presidente da Anatel, João Rezende, tenha declarado hoje que o regulador já está observando uma melhora na qualidade da TIM, e que está disposto a discutir com a companhia este novo plano comercial”, finaliza os analistas.

O Itaú BBA também tem recomendação classificada em desempenho acima da média de mercado aos papéis da operadora. O preço alvo é de 11,50 reais.

As ações da TIM amargam queda de 17% desde janeiro, um desempenho inferior ao Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, que cai aproximadamente 0,5% no mesmo período.

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