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Com alta de 900% no ano, britânico decide buscar bitcoin no lixão

James Howells jogou HD no lixo após uma faxina. O problema? Nele estavam 7,5 mil bitcoins, que hoje valeriam mais de US$ 100 milhões

Bitcoin: popular no mercado chinês (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg/Bloomberg)

Bitcoin: popular no mercado chinês (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg/Bloomberg)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 13h11.

Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 13h14.

São Paulo -- O britânico James Howells, que trabalha como profissional de tecnologia da informação, ficou conhecido em 2013, depois que jogou no lixo um HD com cerca de 7,5 mil bitcoins, após uma faxina.

Na época, quando cada unidade da criptomoeda valia aproximadamente 130 dólares, Howells até chegou a ir ao aterro sanitário local. Só que, após descobrir que todo o lixo já havia sido enterrado a três ou cinco metros de profundidade, desistiu da empreitada.

Agora, com a bitcoin valendo mais de 11 mil dólares (o que renderia a ele quase 90 milhões de dólares), o homem resolveu retomar os planos. Em entrevista ao Telegraph, Howells disse que considera buscar o disco rígido perdido.

A tarefa, no entanto, pode não ser tão simples. Para conseguir encontrar seu tesouro, ele terá que conseguir autorizações das entidades locais e agências ambientais, além de torcer para que os dados não estejam perdidos.

"Escavar um aterro não é tão fácil como apenas cavar um buraco no chão", disse. "Um aterro sanitário moderno é um projeto de engenharia complexo. O ato de cavar traz todo tipo de problemas ambientais, como gases perigosos e possíveis incêndios por conta do material no próprio aterro. É um projeto grande, caro e perigoso."

"Para reconstruir o aterro de volta aos padrões exigidos, depois de ter finalizado a escavação, também será um projeto caro porque quatro anos de lixo foram enterrados no topo desde 2013", acrescenta o britânico.

A expectativa de Howeels é que a disparada na cotação da bitcoin continue, o que poderia facilitar o convencimento das autoridades responsáveis pelo local. "Quanto maior o valor, mais chances eu tenho de recuperá-lo, então é um jogo de espera", afirmou.

No começo deste ano, a moeda valia 997 dólares. No início de novembro, chegou a 6.750 e, na última semana, ultrapassou a barreira dos 11 mil dólares. 

A alta acompanha o aumento da curiosidade em torno das criptomoedas e o interesse de instituições financeiras tradicionais por ativos envolvendo a bitcoin.

Nasdaq, por exemplo, se prepara para lançar no mercado contratos futuros de bitcoin. As operações devem começar no segundo ou no terceiro trimestre de 2018, segundo fontes consultadas por Reuters, Bloomberg e Wall Street Journal.

Antes dela, o CME Group, maior bolsa de derivativos do mundo, e a CBOE anunciaram a criação de produtos futuros atrelados à criptomoeda mais famosa do mundo. A permissão para o operação foi concedida na última sexta-feira pelo órgão regulador de derivativos dos Estados Unidos

 

 

 

 

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