Hapvida e Intermédica divulgam as potenciais sinergias da combinação de negócios das duas empresas, e os credores da Samarco devem se reunir em assembleia em primeira convocação (Germano Lüders/Exame)
Bloomberg
Publicado em 6 de fevereiro de 2022 às 13h59.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 10h02.
A semana que começa terá uma agenda cheia de notícias corporativas e macroeconômicas que devem afetar os preços de ativos.
Investidores e analistas buscarão na ata do Copom, que será divulgada na terça-feira, dia 8, mais informações sobre a indicação de ritmo menor de aumento da taxa Selic.
As taxas de juros futuros ainda reagirão ainda à divulgação do IPCA e de dados de atividade. No exterior, CPI nos EUA e declarações de Andrew Bailey e Christine Lagarde podem gerar volatilidade.
Investidores ainda vão monitorar a discussão da PEC dos Combustíveis no Congresso e o início da ampliação do acesso aos depósitos voluntários.
Petrobras (PETR3, PETR4), Vale (VALE3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) são destaques corporativos com divulgações de prévias operacionais resultados relativos ao quarto trimestre de 2021.
Juros futuros devem reagir à ata do Copom após queda forte no dia seguinte à decisão do BC, reduzindo o prêmio para alta maior que 1pp da Selic em março.
O dólar subiu com a visão de um Banco Central mais dovish e interrompeu uma queda de cinco dias. Entre as dúvidas do mercado está se a esperada alta menor da Selic no próximo Copom será a última do ciclo ou se haverá uma elevação adicional, em maio.
A agenda forte de dados também poderá afetar o mercado. O IPCA fechado de janeiro sai dia 9, após IPCA-15 superar estimativas. Ainda serão divulgados na semana o IGP-DI e indicadores do varejo e serviços do último mês de 2021, além do IBC-Br.
Após o payroll forte na sexta, dia 4, pressionar os ativos de risco, mercados devem reagir no dia 10 ao CPI de janeiro nos EUA. A expectativa é de 0,5% no comparativo mensal, mesma taxa de dezembro, mas com aceleração no comparativo anual de 7% para 7,3%.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, fala no dia 7, e seu colega do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, no dia 10, depois de a perspectiva de políticas mais agressivas impulsionar os yields europeus nesta semana. O mercado chinês retorna após feriado do ano novo lunar. BC russo decide juros.
O Congresso deve seguir discutindo nas próximas sessões os projetos que tentam reduzir a alta dos combustíveis. A Câmara recebeu na quinta-feira passada, dia 3, a emenda dos combustíveis, proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e que permite que União, estados e municípios zerem ou reduzam parcialmente as alíquotas de tributos que incidem sobre combustíveis e gás.
O texto foi apresentado pelo deputado Christino Áureo (PP-RJ) e encaminhado pela assessoria do parlamentar. Poderão ser reduzidas as alíquotas de tributos de caráter extrafiscal, o que abrange IOF, Cide e IPI. O senador Carlos Favaro (PSD-MT) também apresentou uma PEC nos mesmos moldes, mas que propõe medidas adicionais em relação ao projeto da Câmara.
O Banco Central ampliará o acesso aos depósitos voluntários remunerados para fins de política monetária para instituições financeiras a partir de segunda-feira. O BC passará a acolher depósitos de instituições financeiras titulares de conta Reservas Bancárias ou de Conta de Liquidação. Atualmente, o acesso é facultado somente às instituições credenciadas a operar como dealers com o Demab.
Petrobras, no dia 9, e Vale, dia 10, antecipam em prévias operacionais os respectivos dados de produção e vendas do último trimestre de 2021.
Itaú Unibanco, no dia 10, e Bradesco, dia 8, divulgam seus balanços.
Klabin, Suzano e Usiminas também estarão entre empresas que informam resultados nos próximos dias. Hapvida e Intermédica divulgam as potenciais sinergias da combinação de negócios das duas empresas, e os credores da Samarco devem se reunir em assembleia em primeira convocação, segundo determinação do juiz.
O Tribunal do Cade discutirá a venda da unidade móvel da Oi para Claro, Vivo e Tim na quarta, dia 9.