(Blommberg/Bloomberg)
Bloomberg
Publicado em 6 de março de 2022 às 16h22.
Última atualização em 6 de março de 2022 às 16h23.
Mercado segue monitorando ataque da Rússia à Ucrânia e possíveis tentativas de acordo entre os países. BCE e CPI nos EUA também são destaques externos. No Brasil, enquanto o fluxo mantém o dólar abaixo de R$ 5,10 às vésperas de MSCI e FTSE Russel excluírem ativos russos, IPCA moverá apostas na alta da Selic. Governo deve anunciar medidas para economia e Congresso pode votar projetos para combustíveis.
Desdobramentos do ataque da Rússia à Ucrânia, bem como eventuais novas sanções ocidentais, devem seguir afetando o mercado. A bolsa de valores de Moscou deve seguir fechada até ao menos a próxima quarta-feira. Eventuais novas tentativas de acordo entre os dois países serão acompanhadas, embora os encontros anteriores não tenham trazido resultados significativos.
IPCA de fevereiro sai no dia 11 e tem estimativa de aceleração no comparativo mensal, para 0,94%, e no anual, para 10,46%. Alta das commodities e PIB acima do previsto pressionam os juros futuros nesta sexta-feira, levando o mercado a ampliar as apostas em Selic acima de 13% no final do ciclo. Copom deste mês será na semana sequinte, dia 16. O dólar sobe com tensão externa e se distancia levemente dos R$ 5,00. Moeda caiu cerca de 2,5% nos dois últimos dois dias com alta dos produtos exportados pelo Brasil e apostas de que o país receberá recursos que estavam investidos na Rússia, que vem sofrendo pesadas sanções. Ativos russos serão removidos dos índices de mercados emergentes a partir de 9 de março, disse a MSCI. Já a FTSE Russel excluirá os componentes da Rússia listados na Bolsa de Moscou a um valor zero em 7 de março.
EUA e Europa têm agenda pesada, mas cujo impacto pode ser ofuscado se o conflito no leste europeu prosseguir. CPI americano será divulgado no dia 10 e tem estimativa de aceleração. Na Europa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, fala após a decisão de política monetária, também no dia 10. Balança comercial chinesa será divulgada entre dias 6 e 7 e a inflação de fevereiro no país, no dia 8. Congresso Nacional do Povo da China se reúne até dia 11.
Governo lançará, a partir da próxima semana, uma série de medidas com o objetivo de impulsionar a economia, que ainda sofre com as consequências da pandemia e será afetada pela guerra na Ucrânia, segundo o Globo. O pacote vai liberar mais de R$ 150 bilhões no ano eleitoral, diz o jornal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu urgência na votação de projetos de leis sobre combustíveis que estão na pauta da próxima semana, segundo o site da casa. Além do impacto do petróleo, o governo tenta evitar a falta de fertilizantes diante da situação na Rússia. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que viajará ao Canadá em 12 de março para discutir o fornecimento de potássio e está avaliando aumentar as importações de ureia do Irã.
No campo da eleição, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que o presidente da Fiesp, Josué Gomes, e o ex-comandante do BC Henrique Meirelles estão entre os nomes com os quais o petista sonha para sua equipe econômica caso vença a disputa presidencial.
Os credores da Samarco têm nova assembleia marcada para a próxima quinta-feira, depois da primeira tentativa ter sido adiada por falta de quorum. Em debate o plano de reestruturação de mais de R$ 50 bilhões em dívidas. A safra de balanços do quarto trimestre segue com resultados incluindo os da CSN, CSN Mineração, Embraer e Natura, dia 9, e Gol, dia 11.
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