Máquina da Cielo: a empresa tem afirmado em teleconferências que não vai abrir mão de resultado para ganhar mercado a qualquer custo (ARQUIVO)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 11h31.
São Paulo - Acirrada ou não a concorrência, os investidores que vêm apostando na Cielo na bolsa de valores não têm do que reclamar. Enquanto o Índice Bovespa foi e voltou e está perdendo cerca de 7% no ano, as ações da Cielo sobem 33%.
A maior parte dos analistas que acompanham a empresa recomenda que os investidores mantenham a ação em suas carteiras. Alguns até sugerem que se compre mais papéis da companhia.
O analista Domingos Falavina, do JP Morgan, diz que apesar da expectativa de que no ano que vem a concorrência se acirre ainda mais, nada será como o ano de 2010.
Foi naquele ano que acabou a exclusividade do uso de bandeiras pelas maquininhas e tanto Redecard quanto Cielo foram obrigadas a começar a aceitar todos os cartões.
Ainda há alguns resquícios, como o fato de a Cielo hoje ser a única a aceitar a Amex. Mas também essa exclusividade deve acabar em breve.
O que possibilita esta mudança é a Medida Provisória 615, enviada ao Congresso Nacional em maio, que passa ao Banco Central a função de regulamentar a atividade de adquirência.
O analista Carlos Macedo, do Goldman Sachs, diz que a Cielo tem afirmado em teleconferências que não vai abrir mão de resultado para ganhar mercado a qualquer custo. De qualquer forma, ele diz que o modelo que o Santander usa por meio da GetNet faz muito sucesso com os lojistas e que o Itaú deverá fazer o mesmo mais para frente, sendo forte competidor.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.