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Cielo (CIEL3): alta de 12% é gatilho para voltar a apostar na ação?

Analistas do BTG Pactual apontam janela para valorização em cima da venda de subsidiária nos EUA por até US$ 290 milhões; veja o relatório

Cielo: empresa continua a executar o seu plano de concentrar as operações no seu core business no Brasil | Foto: Paulo Fridman/Bloomberg (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cielo: empresa continua a executar o seu plano de concentrar as operações no seu core business no Brasil | Foto: Paulo Fridman/Bloomberg (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 19h12.

As ações da Cielo (CIEL3) foram o destaque da bolsa brasileira nesta sexta-feira, dia 18, com uma alta expressiva de 12,3%, para o patamar de 2,83 reais no fechamento.

Mas não se trata de movimento isolado, ao que tudo indica. Em pouco mais de um mês, as ações acumulam uma valorização de 40%, saltando de 2,02 reais em 14 de janeiro para o patamar atual.

Para os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, do BTG Pactual (BPAC11), há razões, sim, para que investidores comecem a reavaliar a ação.

"Enquanto ainda estamos muito cautelosos com a capacidade da Cielo de superar seus pares e entregar uma rentabilidade decente no longo prazo, nosso viés é que a ação tem crescido de forma mais positiva recentemente", apontaram os analistas em relatório distribuído nesta sexta-feira pela manhã.

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A razão para a euforia nesta sexta por parte de investidores foi a notícia da venda da sua subsidiária nos Estados Unidos, a Merchant E-Solutions Inc., para a americana Sam I Acquisition Corp por até 290 milhões de dólares.

Serão 140 milhões de dólares na data de fechamento do contrato e outros 150 milhões de dólares se cumpridas determinadas premissas entre as partes.

"A transação faz parte da estratégia de crescente concentração da Cielo em seu core business no Brasil, em linha com outros desinvestimentos concluídos ao longo de 2021", afirmou a companhia em fato relevante ao mercado.

A referência foi a quatro operações anunciadas ao longo do último ano: desinvestimentos em Orizon, na Plataforma Elo, na Bitz e no Multidisplay/M4U.

Rosman, Paura e Buchpiguel, do BTG Pactual, dizem no relatório que a venda da Merchant E-Solutions é muito positiva para CIEL3, que pode ter espaço para subir de 10% a 20% no curto prazo (isso antes da alta de 12,3% desta sexta).

Para os resultados da companhia de meios de pagamento, no entanto, os benefícios não serão tão evidentes.

"Dado que a Cielo já havia realizado uma série de impairments [redução do valor contábil de um ativo] em anos recentes relacionados a essa aquisição, não esperamos impactos significativos nos resultados", apontaram os analistas.

A Merchant E-Solutions havia sido adquirida pela Cielo dez anos atrás, em 2012, por 670 milhões de dólares. O objetivo na época era o de expandir a atuação da companhia no mercado americano.

"Por outro lado, a Cielo vai receber uma injeção de dinheiro [maior que a esperada imediatamente], bem como simplificar as suas operações", escreveram.

Segundo os analistas, a venda da companhia americana "pode ser o trigger [gatilho] que muitos investidores estavam esperando para comprar a ação do adquirente incumbente".

A recomendação para a ação é neutra, com preço-alvo em 12 meses em 12,60 reais, abaixo, portanto, do valor de fechamento nesta sexta. Veja aqui como acessar os relatórios completos dos analistas do BTG Pactual.

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