Prédio da Evergrande, em Xangai, na China | Foto: Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via Getty Images (Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 23 de setembro de 2021 às 09h52.
Última atualização em 29 de setembro de 2021 às 08h01.
Com a Evergrande, uma das maiores incorporadoras do país, em risco de falência, autoridades chinesas vêm pedido aos governos locais que se preparem para uma potencial falência da companhia, segundo The Wall Street Journal.
De acordo com fontes do jornal americano, governos locais foram recomendados a estarem prontos para uma "possível tempestade", obrigados a contratar contadores e especialistas jurídicos para avaliar os impactos financeiros e sociais das operações da Evergrande em suas regiões.
Embora tenha injetado dinheiro na economia para acalmar as preocupações de um efeito cascata no setor imobiliário chinês e em toda sua economia, as últimas movimentações de Pequim deram sinais de maior resistência em socorrer a Evergrande.
As preocupações de que a empresa não consiga honrar com seu passivo de cerca de 300 bilhões de dólares tem tomado o mercado financeiro, com investidores atentos aos desdobramentos da crise imobiliária na China. Perspectivas de que o governo central fará pouco - ou quase nada - para estancar os efeitos de uma possível quebra da companhia poderiam causar impactos negativos em bolsas globais, como ocorreu no início desta semana.
Na bolsa de Frankfurt, as ações da Evergrande despencam 22%, após terem chegado a disparar mais de 40% na véspera, em função de um acordo para o pagamento de dívidas.