China investiga Nvidia por violação de leis antimonopólio (Justin Sullivan/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 18h13.
Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 19h07.
A China iniciou, nesta segunda-feira, 9, uma investigação sobre o gigante americano de chips Nvidia por supostas violações das leis antimonopólio, conforme noticiado pela CCTV, canal estatal chinês. O procedimento, que envolve a autoridade reguladora do mercado público, também se refere à violação de um compromisso assumido pela Nvidia em 2020, quando adquiriu a Mellanox Technologies Ltd.
Esse anúncio afetou negativamente as ações da Nvidia, que é considerada uma das principais empresas na revolução da inteligência artificial (IA) generativa. A Nvidia, líder no segmento de chips GPU (Graphics Processing Unit), também conhecidos como cartões gráficos, desempenha um papel essencial no desenvolvimento da IA generativa, que depende desses chips para processar grandes volumes de dados.
A investigação sobre a Nvidia ocorre em um contexto de tensão crescente entre as duas maiores economias do mundo, com a aproximação do retorno de Donald Trump à Casa Branca. Especula-se que ele possa aumentar significativamente as tarifas sobre as exportações chinesas a partir de janeiro, o que agravaria ainda mais a situação econômica global.
Na última terça-feira, Pequim anunciou restrições às exportações de metais como gálio, germânio e antimônio, materiais essenciais para o design de painéis solares e chips eletrônicos usados em várias tecnologias, tanto civis quanto militares. Esses movimentos são parte de uma competição acirrada entre Estados Unidos e China pelo domínio tecnológico mundial, uma disputa que foi particularmente agressiva durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021).
Trump lançou uma guerra comercial contra a China em seu primeiro mandato, e é esperado que ele adote uma abordagem semelhante em seu segundo mandato, que começa em 20 de janeiro. O ex-presidente tem ameaçado aumentar as tarifas para pressionar as empresas a repatriarem sua produção para os Estados Unidos.
Por sua vez, em dezembro, o governo Biden tomou medidas mais rigorosas ao restringir ainda mais as exportações de chips e equipamentos de fabricação de chips para a China. A justificativa foi a segurança nacional dos EUA, apontando riscos relacionados à tecnologia chinesa no campo da IA e outras inovações.