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China e EUA esfriam rali e volume da Bovespa cai em dia de PIB

São Paulo - O receio de uma desaceleração forçada na China interrompeu a escalada recente da Bovespa, temperada pela disputa por opções e pela divulgação do PIB brasileiro do quarto trimestre de 2009.   Depois de reverter várias vezes ao longo do dia, mas sem nunca se distanciar muito do zero, o Ibovespa fechou o […]

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2010 às 18h54.

São Paulo - O receio de uma desaceleração forçada na China interrompeu a escalada recente da Bovespa, temperada pela disputa por opções e pela divulgação do PIB brasileiro do quarto trimestre de 2009.

Depois de reverter várias vezes ao longo do dia, mas sem nunca se distanciar muito do zero, o Ibovespa fechou o dia desvalorizado em 0,14 por cento, aos 69.884 pontos, após um ciclo de oito altas em dez sessões.

O momento mais apático também foi ilustrado pelo giro financeiro do pregão de 5,85 bilhões de reais, inferior à média dos últimos quatro dias.

"O medo de aumento de juros, na China e no Brasil, fez o investidor tirar o pé e realizar lucro", disse o sócio da Rio Gestão de Recursos André Querne.

No caso chinês, as apostas num aperto monetário, via elevação de juro ou aumento dos compulsórios, foram acesas com o anúncio de que a inflação ao consumidor no país atingiram em fevereiro o maior nível em 16 meses.

Vale, que tem na China o seu principal mercado e seria penalizada por uma desaceleração daquele país, foi uma das que mais refletiram a postura mais cautelosa do mercado, e viu sua ação preferencial cair 0,8 por cento, a 46,68 reais.

Por aqui, a divulgação de que o PIB doméstico cresceu 2 por cento do terceiro para o quarto trimestre, dentro das expectativas, ficou em segundo plano. O que turbinou a aposta em aumento da Selic já na semana que vem veio de outra fonte.

As vendas no varejo brasileiro cresceram 2,7 por cento em janeiro ante dezembro, informou o IBGE. Economistas previam um crescimento de 1,6 por cento.

Desse modo, a queda do Ibovespa só não foi maior devido a fatores pontuais. Um deles foi Petrobras, cuja ação preferencial seguiu a trajetória recente de "tirar o atraso" em relação ao índice e subiu 0,14 por cento, a 37,05 reais, em meio à disputa pelo exercício de opções, na segunda-feira.

Além disso, expectativas animadoras para os resultados de companhias no quarto trimestre de 2009, que serão divulgados nesta noite, elegeram alguns dos destaques de alta do índice.

OGX Petróleo e Gás, a melhor da carteira, deu um salto de 4,6 por cento, a 17,80 reais. A empresa de varejo eletrônico B2W subiu 1,6 por cento, a 40,87 reais.

De acordo com Querne, a queda modesta depois de o Ibovespa ter atingido a máxima em oito semanas na véspera mostra que, para o médio prazo, a perspectiva do investidor para a bolsa paulista segue positiva.

Essa visão foi chancelada pelo Morgan Stanley que, em relatório, previu que o Ibovespa chegará a 85 mil pontos até dezembro.

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