Mercados

China e JPMorgan derrubam mercados financeiros

Superávit comercial chinês teve segunda queda consecutiva. Uma queda dos ganhos do JPMorgan , o segundo maior banco dos EUA, reforçou apreensões com o estado da economia

O lucro do banco caiu 4% no terceiro trimestre, quando a crise europeia contribuiu para afastar os clientes de bancos de investimentos (Getty Images)

O lucro do banco caiu 4% no terceiro trimestre, quando a crise europeia contribuiu para afastar os clientes de bancos de investimentos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 14h21.

Brasília - Os mercados globais operavam no vermelho nesta quinta-feira, abatidos por indicadores que reforçaram preocupações com o ritmo do crescimento da economia mundial, compensando o alívio trazido na véspera por progressos obtidos no plano de resgate europeu.

A China reportou durante a madrugada a segunda queda consecutiva do seu superávit comercial, em setembro. O dado foi interpretado como um sinal de fraqueza da economia global e de esfriamento na expansão chinesa, com aumentos decepcionantes das exportações e das importações. Uma queda dos ganhos do JPMorgan , o segundo maior banco dos Estados Unidos, reforçou apreensões com o estado da economia. O lucro do banco caiu 4 por cento no terceiro trimestre, quando a crise europeia contribuiu para afastar os clientes de bancos de investimentos.

O primeiro grande banco norte-americano a anunciar resultado para o período lucrou 4,3 bilhões de dólares de julho a setembro, contra 4,4 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. Em Wall Street, os índices operavam em queda, com Nasdaq tendo virado temporariamente no início da tarde, para voltar ao terreno negativo. Às 13h43, o índice MSCI para ações globais caía 0,77 por cento. No Brasil, a Bovespa foi contaminada e também sofria perdas.

Ainda no fronte externo, o Parlamento da Eslováquia aprovou nesta quinta-feira o plano para impulsionar o fundo de resgate europeu (EFSF, na sigla em inglês), completando o processo de aprovação como último membro da área comum.

Na quarta-feira, autoridades da zona do euro afirmaram que a perda que os investidores privados que possuem dívida da Grécia terão no segundo pacote de resgate a Atenas deve ficar entre 30% e 50%, e não em 21% como o combinado anteriormente.

No segmento cambial, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, avançava cerca de 0,30 por cento.

No Brasil, também houve sinais de que a economia está perdendo fôlego. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou que a economia brasileira sofreu retração de 0,53 por cento em agosto contra julho, de acordo com dados dessazonalizados. No ano, o indicador acumula alta de 3,43 por cento.[ID:nN1E79C0VP] Na contramão da tendência global, no Brasil o dólar operavam em queda. Dado divulgado pelo BC mostrou que o país voltou a atrair mais dólares na semana passada, quando o fluxo cambial foi positivo em 3,458 bilhões de dólares.

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