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China e Fed derrubam bolsas asiáticas

Os mercados da China recuaram acentuadamente nesta quinta-feira depois que o índice da atividade industrial do país caiu para o menor nível em nove meses


	O índice Xangai Composto perdeu 2,8%, aos 2.084,02 pontos, o menor nível desde 13 de dezembro
 (REUTERS/China Daily)

O índice Xangai Composto perdeu 2,8%, aos 2.084,02 pontos, o menor nível desde 13 de dezembro (REUTERS/China Daily)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 06h58.

Tóquio - Os mercados de ações da Ásia fecharam em queda nesta quinta-feira, em meio a preocupações na região sobre o crescimento econômico da China e a possível redução do programa de compra de bônus do Federal Reserve, dos EUA.

"Os emergentes da Ásia estão em situação complicada, entre a política monetária dos EUA e seus próprios problemas", disse o chefe de ações asiáticas Angelo Corbetta, da Pioneer Investments. "E a maioria das balas de prata já foi usada."

Os mercados da China recuaram acentuadamente nesta quinta-feira depois que o índice da atividade industrial do país caiu para o menor nível em nove meses.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar medido pelo HSBC do setor industrial da China para junho ficou em 48,3, em comparação com a leitura final de 49,2 em maio. Qualquer pontuação abaixo de 50 indica uma contração na indústria.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 2,9%, para 20.382,87 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto perdeu 2,8%, aos 2.084,02 pontos, o menor nível desde 13 de dezembro; e o índice Shenzhen Composto caiu 3,4%, para 942,06 pontos.

O impacto dos dados foi sentida mais longe, com o dólar australiano mergulhando para o menor nível em 33 meses após a divulgação do PMI. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, fechou em queda de 2,1%, aos 4.758,40 pontos, o maior recuo porcentual desde maio de 2012.

Outro fator que também pesou sobre o sentimento dos investidores da China é o aperto de liquidez que tem deixado os bancos nacionais mais cautelosos sobre crédito. As taxas de empréstimos interbancários no país já chegaram a seu nível mais alto em dois anos.


"As condições de liquidez permanecem apertadas, ao mesmo tempo em que os últimos dados mostram que a atividade manufatureira da China continua a ter contração, colocando ainda mais pressão sobre a economia", disse o analista Zhang Gang, da Central China Securities.

Os dados da China apenas aceleraram as ondas de vendas, que já haviam começado depois que o Fed encerrou sua reunião de política monetária na quinta-feira. O banco central dos EUA elevou sua avaliação da economia dos EUA e não tomou nenhuma ação imediata.

Contudo, a sugestão de um cronograma para começar reduzir seu programa de compra de títulos até o final do ano provocou uma onda de vendas nas ações norte-americanos que continuou na sessão asiática.

Preocupações de que o Fed pode começar a reduzir os estímulo levaram a sessões voláteis e declínios substanciais nas últimas semanas, especialmente no Sudeste Asiático, onde os mercados menores são especialmente vulneráveis aos fluxos de saída de capital.

A onda de vendas continuou nesta quinta-feira: o índice PSEi, da Bolsa de Manila, perdeu 2,9%, para 6.326,67 pontos. As ações do índice Taiwan Weighted fecharam em queda de 1,4%, aos 7.898,91 pontos, e o índice Kospi, da Bolsa de Seul, cedeu 2,0%, para 1.850,49 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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