Moeda chegou ao nível mais elevado desde o lançamento do sistema cambial chinês (Yongxinge/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2012 às 10h16.
Xangai - A China conduziu nesta quinta-feira o yuan para seu nível mais alto ante o dólar em quase duas décadas, sugerindo que Pequim pode estar oferecendo um gesto conciliatório a Washington a apenas duas semanas da eleição presidencial dos EUA.
O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês) estabeleceu o nível de paridade do yuan, a taxa de referência diária ao redor da qual a moeda pode oscilar ao longo do dia, em 6,3264 por dólar. Como resultado, o yuan avançou ao longo do dia e fechou a 6,2672 por dólar, alta de 0,2% ante 6,2770 no final da quinta-feira. Nos negócios da tarde (horário de Pequim), o yuan chegou a 6,2640 por dólar, o nível mais elevado da moeda desde o lançamento do sistema cambial chinês, em 1994.
O ritmo de valorização do yuan ganhou força ao longo de toda a semana e, apesar do apetite maior por ativos chineses de alto rendimento, com as ações chinesas operando atingindo seu maior nível em quatro semanas, o movimento da moeda chinesa surpreendeu alguns investidores. Uma série de dados chineses vai sair nos próximos dias e deverá mostrar como a segunda maior economia do mundo desacelerou ainda mais no terceiro trimestre.
A administração do presidente norte-americano, Barack Obama, continua pressionando a China publicamente para que permita que o yuan se valorize mais rapidamente e o candidato republicano à presidência, Mitt Romney, afirmou que, se eleito, declarará o país asiático "um manipulador de moedas". Algumas empresas e congressistas americanos têm acusado Pequim de manter o yuan artificialmente fraco para ajudar os exportadores chineses. As informações são da Dow Jones.