Eike Batista disse recentemente que estuda realizar a venda estratégica de fatia de 30% da CCX (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 16h42.
São Paulo – Muito risco para pouco retorno. É com esta advertência que o Citi começa seu relatório de início de cobertura das ações da CCX (CCXC3), empresa de Eike Batista que possui reservas de carvão na Colômbia.
O preço-alvo por ação foi fixado em 7 reais, um potencial de valorização de 24,8%. A recomendação é classificada em “neutra”.
“O principal projeto da CCX possui um alto risco de execução e não vemos catalisadores no curto prazo para os papéis”, explica a equipe de análise.
O maior projeto da empresa fica na mina subterrânea de San Juan, localizada na Colômbia, onde há capacidade de produção de 25 milhões de toneladas por ano de carvão de alta qualidade.
No entanto, o Citi considera uma difícil tarefa colocar em prática a exploração do local. “O carvão de San Juan está em profundidade elevada, o que demanda uma grande escala e desafios significativos em termos de financiamento, engenharia e licenciamento”, destacam os analistas.
Por outro lado, o relatório lembra que a Colômbia possui uma legislação favorável à mineração. Além disso, 100% das concessões-chave pertencem à própria CCX. “O risco da CCX é parcialmente reduzido pelo fato de que cerca de 30% de suas vendas serão direcionadas à MPX/E.ON”.
A CCX é resultado de uma cisão da MPX. A empresa estreou na bolsa no dia 25 de maio de 2012, com ações cotadas a 8,50 reais. Desde então, a queda acumulada dos papéis é de 34%.
Possível venda
O empresário Eike Batista disse recentemente que estuda realizar a venda estratégica de fatia de 30% da companhia.
"Nós acreditamos que a CCX é um ativo que vale 4 bilhões de dólares", afirmou ele a jornalistas, durante evento que marcou a estreia da empresa na BM&FBovespa.