A administração de aeroportos atrai grandes grupos privados nacionais e estrangeiros (Amanda Perobelli/Reuters)
Beatriz Quesada
Publicado em 8 de abril de 2021 às 09h21.
Saiba o que está em jogo:
A CCR (CCRO3) foi a principal compradora do leilão de aeroportos realizado pelo governo na tarde desta quarta-feira, 7.
A companhia levou o maior deles, o Bloco Sul, com oferta de 2,128 bilhões de reais, e também ficou com o Bloco Central, por 754 milhões de reais. A concessão dos blocos terá prazo de 30 anos. Serão ao todo 15 aeroportos.
O movimento foi visto com bons olhos pela EXAME Invest Pro, que recomenda compra dos papéis no atual patamar de preço – em torno de 13 reais.
“Apesar do pequeno acréscimo no valor presente líquido, a CCR é capaz de registrar ganhos de eficiência nos projetos [adquiridos], tornando-os geradores de valor para os acionistas, o que está em linha com a postura recente da nova equipe de gestão”, destaca em relatório o analista Vitor de Melo.
Vale lembrar que a companhia – conhecida por ser uma das líderes na administração de rodovias no país – já opera o aeroporto de Confins em Belo Horizonte, além de aeroportos no Equador, na Costa Rica e no Caribe.
A CCR já havia sinalizado ao mercado que pretendia aumentar a exposição a aeroportos, tanto que as ações da companhia subiram mais de 10% no último mês a expectativa pela Infra Week. Após o anúncio, no entanto, os papéis da empresa recuaram 1,82% na bolsa.
“O papel já tinha subido 10% só com a expectativa para a InfraWeek, então tem um pouco de realização no movimento de queda de ontem”, afirmou Bruno Lima, head de renda variável da EXAME Invest Pro, na live Abertura de Mercado nesta manhã de quinta-feira (veja o programa).
O Bloco Norte – único do trio que não foi arrematado pela CCR – ficou com o grupo francês Vinci Airports, por 420 milhões de reais.