Os resultados da Casas Bahia no 4T23 foram fracos e provocados pelo turnaround em curso (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 26 de março de 2024 às 13h16.
Última atualização em 26 de março de 2024 às 14h14.
Na noite da última segunda-feira, 25, a Casas Bahia (BHIA3) reportou seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2023. Foi o sexto prejuízo trimestral consecutivo da varejista. Por volta das 13h15 de hoje, as ações BHIA3 amargam queda de 8,33% no Ibovespa.
Na avaliação do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), os resultados foram fracos e provocados pelo turnaround em curso. De acordo com o balanço, o prejuízo líquido da Casas Bahia totalizou R$ 1 bilhão no 4T23, mais de cinco vezes maior do que um ano antes. Na justificativa da varejista, a cifra reflete os custos para ajustar a operação, que levou ao fechamento de 55 lojas deficitárias até o fim de 2023 e o corte de 8,6 mil posições — ou 20% do quadro total de funcionários.
“A BHIA3 reportou vários eventos pontuais em seus números operacionais, devido ao processo de reestruturação e à provisão relacionada aos pagamentos do Difal [Diferencial de Alíquota do ICMS]”, dizem os analistas. A fim de comparação, o BTG destacou os seguintes custos adicionais:
Esses números também foram apontados pela Genial Investimentos que já deveriam ser significativamente maiores, mas que deveriam apresentar uma melhora sequencial. “Não foi exatamente o que aconteceu”, escreveram.
Junto à despesa de reestruturação, a varejista sentiu o impacto de maiores perdas referente à alienação de imobilizado e provisão de valores referentes ao Difal. “Algo parecido com o que aconteceu com Magazine Luiza e Mercado Livre neste trimestre. Com isso, Casas Bahia totalizou um montante negativo em R$ 604 milhões (quase seis vezes o valor apresentado no 4T22).”