O Carlyle arrecadou cerca de US$ 730 milhões junto a investidores e o restante virá do BB (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 09h20.
Nova York - O Carlyle Group, fundo americano de private-equity, espera levantar US$ 950 milhões para seu primeiro fundo dedicado a aquisições na América do Sul, segundo uma pessoa com conhecimento do plano.
O Carlyle, que ocupa o segundo lugar entre as empresas especializadas em aquisição, arrecadou cerca de US$ 730 milhões junto a investidores, e o restante virá do Banco do Brasil SA, segundo a pessoa, que não está autorizada a falar publicamente. O comprometimento do Banco do Brasil deve ter como alvo investimentos no Brasil, onde o Carlyle mantém uma equipe de nove pessoas, disse a pessoa.
Chris Ullman, porta-voz do Carlyle, negou-se a fazer comentários. Representantes do Banco do Brasil não puderam ser localizados fora do horário comercial.
Gestores dos Estados Unidos estão se voltando para os mercados emergentes para compensar o ambiente ruim para aquisições e o pior momento para os fundos levantarem recursos desde 2003 no país de origem. As empresas estão apostando em populações em expansão, no aumento da renda disponível para bens de consumo e na necessidade do desenvolvimento da infraestrutura.
O Carlyle e a Credicorp Ltd., maior empresa de serviços financeiros do Peru, formaram uma parceria para explorar investimentos nos setores de mineração, infraestrutura, energia e bens de consumo daquele país. O Blackstone Group LP, maior gestor de private-equity no mundo, comprou no ano passado uma participação de 40 por cento no Pátria, empresa brasileira de private-equity.
O Brasil registrou o maior valor e a maior quantidade de fusões e aquisições em pelo menos 12 anos, puxadas pela expansão econômica de 7,5 por cento, segundo dados compilados pela Bloomberg. A maior economia da América Latina teve 482 transações em 2010, avaliadas em US$ 146,4 bilhões.
As empresas de private-equity levantaram US$ 8,1 bilhões para investimentos na América Latina em 2010, segundo a Latin America Venture Capital Association. O valor é mais do que o dobro conseguido em 2009, segundo a LAVCA, como a associação é conhecida.