Enquanto a privatização não ocorre, a Eletrobras permanecerá colocando em prática suas atividades, explicou Limp (Dado Galdieri/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 16 de julho de 2021 às 16h47.
Última atualização em 16 de julho de 2021 às 18h13.
Uma operação de capitalização da Eletrobras, que será realizada para a sua privatização, também deverá ser feita na bolsa Nova York, afirmou nesta sexta-feira o presidente da estatal, Rodrigo Limp.
Segundo ele, a oferta no mercado norte-americano faz sentido uma vez que a Eletrobras tem ADRs naquele país.
"Temos ações e ADRs em Nova York... Está prevista a operação também lá", disse o executivo, a jornalistas, após evento no Rio de Janeiro.
Limp pontuou ainda que a estatal também tem papeis na bolsa de Madri, mas que sua participação naquela cidade é considerada pouco expressiva. O executivo ponderou, no entanto, que a contratação de um sindicato de bancos para definir como será a operação de capitalização ainda será realizada.
A capitalização ocorrerá como parte do processo de privatização da Eletrobras. Será feito um aumento de capital social, com renúncia do direito de subscrição de ações pela União, que assim terá diluída sua fatia de 61% na empresa.
A previsão do governo é que a emissão de ações ocorra até o primeiro bimestre de 2022. Até lá, deverão ser realizadas as definições de premissas fundamentais à modelagem da privatização pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve concluir até setembro a modelagem da operação de capitalização que depois terá de ser aprovada ainda por Tribunal de Contas da União (TCU) e Assembleia de Acionistas.
O presidente da Eletrobras afirmou considerar o cronograma "desafiador", mas disse que o prazo é viável.
NUCLEAR
O processo de privatização prevê a criação de uma estatal para abrigar a Eletronuclear, que também deve ser capitalizada e deverá contar ainda com posição minoritária da Eletrobras, segundo Limp.
"É possível que a gente continue sócio da Eletronuclear, esse é um panorama bem possível", afirmou
"Teremos menos de 50 por cento, mas depende do aporte que será feito pela nova empresa ou pela União... O aporte ainda não está definido, o que tem se pensado é numa empresa nova estatal aportando na Eletronuclear e diluindo a participação da Eletrobras", complementou.