Mercados

Caos do Facebook faz EUA repensarem período de pré-IPO

A Securities and Exchange Commission estuda se deve flexibilizar as regras sobre o que as companhias podem ou não anunciar antes de uma oferta pública inicial de ações


	O plano vem à tona após o polêmico IPO do Facebook, que rendeu mais de uma dezena de processos de acionistas
 (Stephen Lam/Getty Images)

O plano vem à tona após o polêmico IPO do Facebook, que rendeu mais de uma dezena de processos de acionistas (Stephen Lam/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 15h08.

A Securities and Exchange Commission (SEC) estuda se deve flexibilizar as regras sobre o que as companhias podem ou não anunciar antes de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), afirmou a presidente de conselho da reguladora do mercado mobiliário dos EUA, Mary Schapiro, em carta a qual a Reuters teve acesso.

O plano vem à tona após o polêmico IPO do Facebook, que rendeu mais de uma dezena de processos de acionistas que acusam a rede social e coordenadores da oferta de terem omitido, antes da listagem, as fracas perspectivas de crescimento da companhia.

As ações do Facebook já caíram para cerca da metade dos 38 dólares do preço inicial.

Alguns legisladores dos EUA denunciaram que pequenos investidores não estavam recebendo as informações necessárias na época do IPO, em maio.

Mary pediu à equipe dela que repensasse as normas do período de silêncio, que impedem comentários sobre as perspectivas da companhia na ocasião da estreia das ações, de acordo com carta enviada na semana passada ao congressista republicano Darrell Issa.

"Devemos revisar nossas normas de pronunciamento e de aplicação do período de silêncio diante das mudanças no funcionamento do mercado e nas tecnologias de comunicação que aconteceram desde nossa última reforma, em 2005", afirmou Mary em carta com data da última quinta-feira, em resposta a uma que Issa havia enviado em junho.

Issa pressionou por uma mudança regulatória após o IPO do Facebook ter mostrado "erros substanciais". A tão esperada oferta teve uma série de problemas, entre eles falhas técnicas na Nasdaq e acusações de que analistas das instituições coordenadoras repassaram estimativas de lucro atualizadas para grandes investidores.

Bancos que atuaram no IPO disseram ter seguido os procedimentos padrões no que diz respeito ao contato com investidores.

Na carta, Mary afirmou que não se pronunciaria sobre o IPO do Facebook, mas ressaltou que a SEC poderia rever o controle sobre o que os executivos dizem antes de um IPO.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetIPOsMercado financeiroOfertas de açõesRedes sociaisSEC

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney