Em Berlim, passagem comestível com sabor de óleo de cannabis, que permite "engolir o estresse". (OpenRangeStock/Thinkstock)
Rita Azevedo
Publicado em 8 de abril de 2017 às 06h00.
Última atualização em 8 de abril de 2017 às 06h00.
São Paulo — Começou a ser negociado nesta semana no Canadá o primeiro ETF (Exchange Traded Fund) baseado em ações de empresas de maconha.
Batizado de Horizons Medical Marijuana Life Sciences ETF (HMMJ), o fundo replica o desempenho de 14 papéis, sendo 10 deles canadenses.
Todos fazem parte da composição do “Marijuana Index”, um índice criado em 2013 nos Estados Unidos que acompanha a negociação dos ativos de empresas ligadas à cannabis.
Nos primeiros três dias de negociação, o ETF registrou ganhos de pouco mais de 5%.
Entre as companhias cujas ações são espelhadas pelo novo ETF canadense estão produtoras da maconha para uso médico, além de duas empresas da área de biotecnologia e uma fabricante de fertilizantes.
A expectativa dos investidores que apostam neste mercado é que as empresas cresçam nos próximos anos com o aumento da legalização do consumo da maconha no território norte-americano.
Atualmente, o uso medicinal da cannabis é permitido em mais da metade dos estados dos EUA. Em oito deles, o uso recreacional também é liberado. Em nível federal, no entanto, o consumo da planta é considerado ilegal.
Já o Canadá foi o primeiro país do mundo a permitir a utilização de medicamentos derivados da maconha. Em breve, o país poderá ser também o primeiro desenvolvido a liberar o uso recreativo da planta para adultos. A promessa do governo canadense é que a legislação seja aprovada ainda neste ano.