Camil: a oferta primária movimentou 41 milhões de ações (Germano Lüders/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de setembro de 2017 às 21h16.
Última atualização em 26 de setembro de 2017 às 21h54.
São Paulo - A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Camil Alimentos, maior beneficiadora de alimentos da América Latina, movimentou R$ 1,319 bilhão, depois da companhia enfrentar resistência dos investidores que a obrigou a reduzir o preço da ação, que foi fixado em R$ 9,00, abaixo da faixa indicativa da oferta, que inicialmente foi estimado entre R$ 10,50 e R$ 13,00.
Com essa precificação, R$ 369 milhões, provenientes da oferta primária, foram diretamente ao caixa da companhia. Já os R$ 950,625 milhões vindos da oferta secundária foram para o bolso dos acionistas vendedores, o fundo Warburg Pincus (WP) e a família Quartiero.
Sem considerar a colocação da oferta suplementar, a participação da WP cairá de uma fatia de 31,75% para cerca de 11%. A fatia foi adquirida ano passado da Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga.
Ao longo dos últimos 10 anos, a Camil realizou cerca de 15 aquisições, entre elas marcas como Coqueiro e União. Com os recursos que irão para o caixa, a empresa informou que pretende manter a estratégia de aquisição, além de mirar crescimento orgânico, internacionalização das atividades de empacotamento de açúcar e reforço no capital de giro.
A oferta da Camil trata-se da oitava abertura de capital da bolsa brasileira neste ano, um dos anos mais aquecidos em quase dez anos.
Com essa oferta, o giro das emissões de ações neste ano alcança cerca de R$ 27 bilhões, mas a tendência é de crescimento já nas próximas semanas com as ofertas que já estão na rua.
A ação da Camil será negociada sob o código "CAML3" e estreará na B3 na próxima quinta-feira, dia 28.