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Agência de notícias
Publicado em 20 de janeiro de 2024 às 15h00.
No Brasil, o IPCA-15 baliza as expectativas para o Copom. No exterior, decisões de bancos centrais na Europa, China e Japão, além do PCE nos EUA, movem os ativos após diminuição recente da perspectiva de cortes.
Veja destaques da próxima semana:
O IPCA-15 de janeiro será divulgado na próxima sexta-feira e pode ser decisivo para as expectativas em torno da decisão do Copom, na semana sequinte. “Os preços dos alimentos provavelmente continuaram a pesar”, diz Adriana Dupita, economista da Bloomberg Economics. A estimativa mediana do mercado aponta uma leve aceleração do índice para 0,48% na comparação mensal.
Os mercados acompanham na próxima semana as decisões de alguns dos principais bancos centrais do mundo, que geram expectativas após a recente diminuição das expectativas de cortes de juros. O principal destaque será o BCE, na quinta-feira. A presidente Christine Lagarde tende a continuar tentando reduzir as apostas de redução até abril, diz a Bloomberg Economics. Antes na semana, o Banco do Japão faz sua reunião. Nos EUA, as apostas nos juros devem ser influenciadas pelo PIB do 4º trimestre, com estimativa de desaceleração, e pelo deflator PCE - tido como o dado de inflação preferido do Fed.
O mercado chinês já reabre na segunda-feira conhecendo a decisão do banco central do país, prevista para domingo. A estimativa é de que as taxas de empréstimos de um e cinco anos fiquem inalteradas. O PBOC define sua taxa em meio a sinais de desaceleração econômica e ao enfraquecimento do mercado acionário. O selloff dos papéis negociados na China e em Hong Kong neste início de ano soma US$ 6,3 trilhões e Tóquio ultrapassou Xangai como o maior mercado de ações da Ásia.
Após uma semana marcada por negociações em torno da medida provisória destinada a elevar a arrecadação do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa na próxima segunda-feira do programa Roda Viva, da TV Cultura. Nesta sexta-feira, Haddad disse que o governo insistiu nas discussões que o melhor princípio é a reoneração gradual da folha de pagamentos. “Levamos isso para os dois presidentes (do Congresso) e vamos discutir a melhor forma de proceder”, afirmou.
Sem quórum suficiente na primeira reunião, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) convocou uma segunda assembleia para a próxima segunda-feira para discutir a proposta de aumento do capital autorizado. A empresa anunciou no mês passado que havia iniciado estudos para uma oferta primária de cerca de R$ 1 bilhão para reduzir seu endividamento.