O caixa da OGX foi reduzido em 23 por cento nos seis meses até setembro, para R$ 5,1 bilhões, com a produção de seus dois poços abaxo da estimativas (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 09h04.
São Paulo - Os investidores estão aumentando a pressão sobre o bilionário Eike Batista para levantar recursos para sua produtora de petróleo, elevando os custos de captação para níveis próximos aos de empresas à beira do colapso.
Depois de saltarem para mais de 11,6 por cento na semana passada, as taxas da captação de US$ 2,56 bilhões em títulos para 2018 emitidos pela OGX Petróleo e Gás Participações SA terminaram em 11,06 por cento em 22 de fevereiro, após uma notícia do Valor Econômico dizendo que Eike negocia a venda de uma fatia da OGX para a estatal de energia da Malásia. A OGX não quis comentar a notícia.
O caixa da OGX foi reduzido em 23 por cento nos seis meses até setembro, para R$ 5,1 bilhões, com a produção de seus dois poços abaxo da estimativas. Títulos da OGX, que vão ser resgatados em menos de dois anos à atual taxa, têm sofrido mesmo depois de Eike ter dito em outubro que colocaria US$ 1 bilhão de recursos próprios na empresa que ele fundou em 2007.
“A montanha-russa desses títulos é bastante dramática, para dizer o mínimo”, disse em entrevista por telefone Ian McCall, que administra US$ 107 milhões em ativos de mercados emergentes na Quesnell Capital SA, em Genebra, e que possui títulos da OGX. A venda de uma fatia da companhia para a Petroliam Nasional Bhd., conhecida como Petronas, “é a saída lógica para essa situação.”
A OGX disse em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários em 22 de fevereiro que não tem nenhum negócio a informar ao mercado neste momento.