Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais: Brasil terá na temporada 2014/15 a menor safra de café dos últimos cinco anos (Mauricio Lima/AFP/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2014 às 17h03.
Londres - Os contratos futuros de café arábica negociados em Nova York dispararam com um grande volume de negócios nesta segunda-feira, no seu maior rali de dois dias em seis semanas após um relatório altista sobre a produção brasileira que fez ressurgir preocupações com safra no maior produtor e exportador global.
O arábica saltou 10,7 por cento na comparação com o fechamento de quinta-feira e está apenas 14 centavos de dólar por libra-peso abaixo da máxima de dois anos registrada em março.
O Brasil terá na temporada 2014/15 a menor safra de café dos últimos cinco anos, apontou na sexta-feira estudo divulgado pelo Conselho Nacional do Café (CNC). A colheita cairá para um intervalo de 40,1 milhões a 43,3 milhões de sacas de 60 kg, contra 49,15 milhões de sacas na temporada passada.
O contrato maio teve alta de 4,5 por cento, fechando a 1,9335 dólar por libra-peso, um pouco abaixo da máxima do dia de 1,9680 dólar.
O arábica atingiu um pico de dois anos de 2,0755 dólares por libra-peso em 11 de março e, desde então, recuou após chuvas em algumas regiões produtoras de café no Brasil.
"As árvores mais novas estão mortas. Isso elimina qualquer nova produção por várias temporadas", comentou Judith Ganes-Chase, presidente da J Ganes Consulting, por email.
Açúcar
O açúcar fechou em baixa de 2,4 por cento, a 16,94 centavos de dólar por libra-peso, com operadores focando o início da moagem da safra 2014/15 no Brasil.
Rolagens de fundos de índice também pressionaram o primeiro contrato.