Buffett: descrença nas criptmoedas (Rick Wilking/Reuters)
Rita Azevedo
Publicado em 8 de maio de 2017 às 16h37.
Última atualização em 8 de maio de 2017 às 16h43.
São Paulo — Depois de se livrar de quase um terço das ações que tinha da IBM, o megainvestidor Warren Buffett decidiu ampliar sua participação na Apple.
Nos primeiros três meses deste ano, a Berkshire Hathaway, empresa de Buffett, aumentou para 20 bilhões de dólares sua parte na fabricante do iPhone.
Levando em conta o valor dos papéis no final de março, Buffet seria agora o quarto maior investidor da companhia, com 2,6% das ações em circulação, segundo cálculos do site Market Watch.
Em entrevista à rede CNBC, Buffett disse que um dos motivos para a aposta na Apple foi a "incrível" relação construída entre a marca e seus clientes.
Segundo ele, a sensibilidade dos consumidores aos preços dos itens como o iPhone é baixa. "É um produto muito, muito, muito valioso para as pessoas que constroem suas vidas em torno dele", disse o investidor.
A aposta acontece no mesmo período em que a Apple registrou queda de quase 1 milhão de unidades vendidas do iPhone, em comparação ao mesmo período de 2016.
Tecnologia
Historicamente, Buffett evita negócios de tecnologia. A exceção era a IBM, que antes ocupava sozinha o posto de "queridinha" do megainvestidor no setor.
Em 2012, ele chegou a afirmar que as chances de estar "muito errado" investindo na IBM eram bem menores do que no Google ou na Apple.
Aos poucos, no entanto, a Apple ganhou espaço na carteira de Buffett. Na última semana, o bilionário surpreendeu o mercado ao revelar que, desde o começo de 2017, vendeu um terço das das ações que tinha da IBM.
“Eu não avalio a IBM da mesma forma que avaliava seis anos atrás quando comecei a comprar”, justificou ele.