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BTG vê Vale como 'altamente subvalorizada' e reforça compra

Para o banco, os papéis da companhia estão baratos mesmo considerando o preço do minério de ferro mais de 20% abaixo do patamar atual

 (Washington Alves/Reuters)

(Washington Alves/Reuters)

PB

Paula Barra

Publicado em 10 de setembro de 2021 às 12h07.

Última atualização em 10 de setembro de 2021 às 12h19.

O BTG Pactual reforçou recomendação de compra para a Vale (VALE3), em relatório divulgado a clientes na quinta-feira, 09, após participar do Investor Tour da empresa, um evento virtual da mineradora com seus investidores. Na visão do banco, a ação da companhia parece "altamente subvalorizada", mesmo considerando que o minério de ferro atinja 100 dólares a tonelada, ou 23% abaixo da cotação atual.

Nos últimos dois meses, os papéis da empresa acumulam uma baixa de 16%, penalizados pela forte correção do minério. A commodity negociada no porto de Qingdao, na China, afundou 40% nesse período, para os atuais 130 dólares a tonelada, em meio a temores de maior controle do governo chinês sobre a produção de aço.

Para os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório do banco, isso pode ter contribuído para a fraca reação dos papéis da companhia até o momento, com investidores esperando que os preços do minério se estabilizem após a volatilidade "sem precedentes" das últimas semanas.

Na leitura deles, contudo, a parte mais importante da história é que a gestão da companhia continua disciplinada na alocação de capital e mostrou que seguirá executando um modelo de negócios "asset light". Tais fatores implicam, segundo os analistas, que a maior parte da agenda da empresa deve girar em torno de retorno de caixa aos acionistas.

"Também acreditamos que a empresa continuará apresentando um progresso tangível na frente ESG, retirando o desconto excessivo atualmente atribuído ao preço de sua ação", comentam Correa e Greiner.

O banco tem preço-alvo para os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale em 30,00 dólares para os próximos 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 65% frente ao patamar atual.

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