BTG Pactual: fluxo de recursos externos para títulos domésticos deu um salto (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h28.
São Paulo - Apostas selecionadas em dívida corporativa e em ações de empresas com boa gestão no Brasil devem seguir proporcionando oportunidades de rentabilidade superior, mesmo com a Selic mais alta, disseram executivos de gestão de recursos do BTG Pactual.
"Há interesse de investidores institucionais por risco de crédito corporativo e por ações brasileiras, apostando na habilidade de seleção dos gestores", disse à Reuters João Scandiuzzi, estrategista-chefe de Asset Management do BTG Pactual, quinta maior gestora do país, com 189 bilhões de reais.
A abordagem ativa, que inclui acompanhar de perto a administração de empresas na carteira, está ajudando a garantir retornos robustos em cenários superiores a dois anos, disse ele. A exposição a dívida das empresas de primeira linha, juntamente com o conhecimento do BTG em diversos setores, também estão impulsionando os retornos de alguns fundos, afirmou.
"Além disso, a aplicação em fundos com ativos no exterior tem ajudado investidores a diversificar o portfólio e alcançar retornos superiores consistentemente", disse.
A estratégia ajudou o BTG Asset superar parâmetros de desempenho do mercado nos fundos BTG Pactual Global, BTG Pactual Absoluto e BTG Pactual Crédito Corporativo. Segundo a consultoria Morningstar, a rentabilidade desses fundos em 2014 até abril, após taxas de administração, foi de 7,77 por cento, 3,15 por cento e 3,52 por cento, respectivamente - acima do CDI e do Ibovespa.
Scandiuzzi evitou mencionar setores ou empresas em que o BTG tem preferido apostar.
Nos últimos meses, o fluxo de recursos externos para títulos domésticos deu um salto após um período de fraco desempenho. Segundo o Banco Central, investidores de fora aplicaram 12,2 bilhões dólares no mercados local de dívida no primeiro trimestre, o maior fluxo para o período na série histórica.
Isso mesmo com rendimentos maiores dos títulos indexados à inflação, que agora estão pagando mais de 6,3 pontos percentuais acima da taxa de inflação para notas com vencimento em 2019.
Segundo Isabella Rebello, business manager da BTG Pactual Asset Management, o esforço dos órgãos reguladores para deixar as categorias de fundos mais amigáveis para investidores será bom para gestores e pode ajudar a criar novos produtos.
No fim de abril, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pôs em audiência pública propostas para mudar a regulação de fundos, incluindo a simplificação das categorias de fundos e extensão dos limites para investimento no exterior.