Petz: fusão com a Cobasi pode gerar sinergias e maior racionalidade no mercado pet (Amanda Edwards/Getty Images)
Repórter Exame IN
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 20h25.
O BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) revisou sua recomendação para as ações da Petz (PETZ3), rebaixando-a de compra para neutro e ajustando o preço-alvo para R$5 até o final de 2025.
A decisão reflete o desempenho recente da companhia e os desafios que ela enfrenta no curto prazo, mesmo com sinais de melhora em algumas frentes operacionais.
Os analistas do banco destacaram que a Petz conseguiu aprimorar sua lucratividade com ajustes na estratégia de preços e um mix de produtos mais saudável.
No entanto, a fraqueza no canal físico (lojas tradicionais) e o crescimento acelerado do e-commerce têm intensificado a pressão sobre a receita e as margens.
"A combinação de um mercado fragmentado, menor demanda por itens não alimentícios e o impacto do crescimento digital sobre os canais físicos reforça um cenário desafiador para a companhia nos próximos trimestres", apontam os analistas em relatório.
O BTG também chama atenção para a fusão da Petz com a Cobasi, que pode gerar sinergias e maior racionalidade no mercado pet, mas enfatiza que os impactos positivos dessa integração ainda dependem de uma execução bem-sucedida.
Na época de seu IPO, a Petz era vista como uma referência no setor, com uma estratégia omnichannel promissora e crescimento acelerado.
Contudo, o mercado pet no pós-pandemia apresentou um ritmo mais lento do que o esperado, enquanto o e-commerce ganhou uma participação de mercado expressiva, surpreendendo o setor.
Atualmente, as ações da Petz são negociadas a 33 vezes o lucro projetado para 2025 (ex-Cobasi e ajustado pelo IFRS 16). Para o BTG, o valuation elevado, combinado aos fundamentos pressionados, justifica a nova recomendação neutra.