Fibria apresentou um resultado abaixo do esperado pelo mercado, mas que mostrou evolução sobre as perdas nas comparações anual e trimestral (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2012 às 14h16.
São Paulo – A equipe de análise do banco BTG Pactual reduziu a recomendação às ações ordinárias da Fibria (FIBR3), de compra para neutra. O preço-alvo estimado em 12 meses é de 20 reais, um potencial de valorização de 14%.
O recente rali dos papéis, que resultou numa alta de 31,4% nos últimos meses, e o resultado decepcionante apresentado no terceiro trimestre são os principais fatores que justificam o corte na recomendação.
O relatório explica que não houve mudanças nas projeções de que os preços da celulose devam permanecer acima dos 750 dólares/toneladas até meados de 2013 e de que o câmbio deva permanecer acima dos 2 reais.
De acordo com o BTG, estes dois fatores vão ajudar no processo de desalavancagem da companhia, além de já estarem incorporados ao preço das ações.
Por outro lado, os analistas Edmo Chagas, Antonio Heluany, Gregory Goldfinger, mostraram desapontamento com a modesta redução de endividamento da companhia especificamente no terceiro trimestre.
A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo divulgou nesta semana o quinto prejuízo trimestral seguido, num resultado abaixo do esperado pelo mercado, mas que mostrou evolução sobre as perdas nas comparações anual e trimestral.
A Fibria apurou um prejuízo líquido de 212 milhões de reais no terceiro trimestre, ante expectativa média de seis analistas obtida pela Reuters de resultado negativo de 88 milhões de reais.
Um ano antes, a Fibria havia apurado perda de 1,1 bilhão de reais e no segundo trimestre a última linha do resultado havia sido negativa em 524 milhões de reais.