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BTG Pactual precifica nesta 3ª IPO

A oferta pública inicial do banco deve ser a maior desde a feita pelo Santander

André Esteves: a oferta também será o quarto maior IPO do mundo nos últimos doze meses (Germano Lüders/EXAME.com)

André Esteves: a oferta também será o quarto maior IPO do mundo nos últimos doze meses (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 08h19.

São Paulo - A precificação da oferta pública inicial de units (IPO, na sigla em inglês) do BTG Pactual, na noite desta terça-feira, pode ser um divisor de águas para o mercado de ações brasileiro, que há muito padece de uma sequência de ofertas de ações bem sucedidas.

Se vendida toda a oferta de cerca de 130 milhões de units, incluindo os lotes adicional e suplementar, dentro da faixa de preço de 28,75 a 33,75 reais fixada pelos coordenadores, o banco do bilionário André Esteves pode levantar cerca de 4 bilhões de reais, e a operação seria a maior do país desde os mais de 8 bilhões de reais do Santander Brasil, em outubro de 2009.

A oferta também será o quarto maior IPO do mundo nos últimos doze meses, considerando apenas a oferta primária, segundo levantamento da Thomson Reuters.

A última estreia na Bovespa, da locadora de carros mineira Locamerica, saiu após o mercado passar por nove meses de jejum, com os papéis vendidos abaixo da faixa estimativa estabelecida pelos coordenadores. As ações ainda sofreram forte queda na estreia ocorrida na segunda-feira .

Antes, várias companhias desistiram pelo caminho este ano, incluindo as operadoras de turismo CVC e Brasil Travel, a empresa de infraestrutura Isolux e a de petróleo e gás Seabras.

No caso do BTG, os sinais parecem ser diferentes. Segundo fontes do mercado, o IPO atraiu demanda três vezes superior à oferta , tendência que se manteve mesmo depois do órgão regulador do mercado de capitais da Itália, na semana passada, multar Esteves em 350 mil euros por uso de informações privilegiadas.

"O mercado está animado, de alguma forma fascinado com essa história, e a operação provavelmente será um sucesso", disse Fausto Gouveia, que administra 500 milhões de reais em ações na Legan Asset Management, uma empresa de investimento que colocou propostas para ações do BTG.

A operação também pode dar fôlego para que outras empresas se lancem ao mercado. A previsão da BM&FBovespa é de que haja cerca de 40 companhias prontas para abrir o capital este ano.

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