Sallouti, presidente do BTG: investidores estão interessados em participar das parcerias público-privadas (Divulgação/Exame)
Natália Flach
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 17h18.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 17h57.
São Paulo - O BTG Pactual tem interesse em adentrar o sistema de capitalização, abrindo contas individuais para os trabalhadores pouparem suas aposentadorias. Caso a reforma da Previdência seja aprovada, há expectativa de que o governo permita que as instituições privadas administrem os recursos previdenciários. "No Chile, já atuamos nesse segmento e é óbvio que a gente vai seguir nesse caminho", afirma Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual, durante evento do banco, em São Paulo.
Sobre a estratégia de privatização dos bancos, Sallouti diz que "é plausível", mas provavelmente não vai ocorrer na velocidade que os gestores gostariam. "Quando se está na iniciativa privada, há mais agilidade, porque não é necessário passar pelos órgãos de controle público. Mas, vencido o rito, acho que há demanda pelos ativos no mercado", afirma. O BTG, no entanto, não deve ser um dos potenciais compradores. "Não estamos mais nessa atividade, estamos totalmente focados na nossa atividade financeira", afirma. Em 2014, o BTG adquiriu o banco suíço BSI, no entanto, já o vendeu a outros players.
Sallouti também comenta que os investidores estão interessados pelas parcerias público-privadas (PPPs). "É só ver o que está acontecendo com os leilões de linhas de transmissão. Os fundos de infraestrutura estão captando cada vez mais recursos, e se o Brasil apresentar boas oportunidades e leis estiverem estáveis, haverá bastante demanda. Para nós é interessante, pois vamos trabalhar como assessor dos nossos clientes."