BTG: "Com Marina Silva no poder, mudanças na política econômica são vistas como mais prováveis" (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2014 às 14h57.
São Paulo - O BTG Pactual elevou a recomendação do Brasil para "overweight" (acima da média do mercado) em seu portfólio de ações para América Latina em setembro, citando o "fator Marina Silva", após pesquisas eleitorais terem sinalizado vitória da candidata do PSB sobre a presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff (PT).
"Com Marina Silva no poder, mudanças na política econômica são vistas como mais prováveis e as expectativas são de que a economia voltará a ser ancorada na austeridade fiscal, controle da inflação e taxa de câmbio flutuante", disse o banco em relatório divulgado nesta quarta-feira.
A recomendação anterior para o Brasil era "underweight" (abaixo da média do mercado).
Os analistas liderados por Carlos Sequeira, contudo, citaram cautela pelo fato de que as últimas pesquisas eleitorais terem mostrado redução da vantagem de Marina sobre Dilma, "deixando o cenário político aberto e investidores operando em um ambiente altamente incerto".
Para abrir espaço para as ações brasileiras, o banco de investimento rebaixou a recomendação para o México a "neutra".
Apesar das reformas implementadas recentemente e de ter uma moeda mais segura, os analistas consideram que as ações mexicanas estão sendo negociadas a "relativamente altos múltiplos" e que há "risco de queda das estimativas de ganhos para 2015".
Nos mercados andinos, mantiveram a recomendação "overweight" para Colômbia e "neutra" para Chile, enquanto reduziram o Peru para "underweight" ante "neutra".
No que diz respeito a ações, o Brasil agora tem cinco ações no portfólio , com a inclusão de Petrobras, Itaú Unibanco e BM&FBovespa, além de Hering e BRF.
Do México, foram mantidas Gentera, Televisa e Cemex. Colômbia participa com Grupo Sura e Daviviend. E Colbun é a representante chilena.