Ações do BTG caíram 15,19% na última sexta-feira, após a PF fazer operações de busca e apreensão em endereços ligados ao banco (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2019 às 16h03.
Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 16h37.
As ações do BTG entraram em forte queda na tarde desta segunda-feira (26), após o site O Antagonista publicar reportagem que afirma que a Polícia Federal está investigando o banco por “esquemas extremamente sofisticados de lavagem de dinheiro”. Às 15h26, as ações do banco entraram em leilão durante 10 minutos, segundo a B3. Às 16h03, os papéis da companhia caíam 27,62%. Pela manhã, os negócios foram suspensos, também devido às oscilações.
De acordo com o site, as informações que deram origem à investigação são de 2016 e partiram de um informante ligado ao BTG, que acusa a instituição de ter uma espécie de “Departamento de Operações Estruturadas”, que seria responsável pela lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a reportagem, esse setor tinha como objetivo criar ferramentas para possibilitar a manipulação artificial do resultado financeiro de pessoas jurídicas.
Entre os “supostos mecanismos” usados para a lavagem de dinheiro estariam os swaps de balcão não registrados na Cetip, uso de fundos exclusivos e a “Lei Bamerindus”, aprovada mediante “possível lobby do banco junto ao Legislativo”, possibilitando que a massa falida de um banco seja aproveitada por outro banco saudável. Procurado, o banco BTG negou “veementemente” qualquer irregularidade e disse que os relatos sobre as operações financeiras são “apócrifos”.
Na última sexta-feira (23), após a Polícia Federal ter feito operações de busca e apreensão em endereços ligados ao BTG, as ações do banco chegaram a entrar em leilão por três vezes e fecharam em queda de 15,19%. Na ocasião, as operações tiveram como fundamento as delações do ex-ministro Antônio Palocci.
Leia o posicionamento do banco na íntegra:
Em relação à absurda notícia que faz menção a relatos apócrifos feitos em junho de 2016 sobre operações financeiras, o BTG Pactual nega veementemente qualquer irregularidade. Esclarece ainda que as operações mencionadas são fantasiosas e jamais poderiam ter sido sequer registradas nos sistemas de negociação existentes no Brasil e nunca teriam passado despercebidas pelas diversas auditorias e reguladores a que o BTG Pactual se submete.